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Diversidade sexual: caminhos simples para fazer seus pequenos entenderem que toda forma de amor é natural

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Uma das formas mais eficazes e duradouras de melhorarmos a realidade do mundo é por meio da criação dos nossos filhos. Auxiliá-los e guiá-los no processo de se tornarem adultos responsáveis e que respeitem todas as pessoas – por uma questão de princípios, não por obrigação – é o que toda mãe e todo pai mais deseja.

O respeito à diversidade sexual é um dos pilares da construção do que os pequenos de hoje serão como os cidadãos de amanhã. O trabalho de formiguinha feito em casa nesse sentido conta, e muito, para mudar o panorama de nossa sociedade.

- BKDR -
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E estamos em um momento em que isso é necessário demais: o Brasil ocupa atualmente a vergonhosa posição de líder em assassinatos com motivações homofóbicas nas Américas (foram 340 mortes em 2016, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais).

Aproveitando que em 17 de maio se comemora o Dia Internacional contra a Homofobia, pedimos dicas para mães que vivem relações homoafetivas sobre como criar filhos que entendam que a diversidade sexual é natural e faz parte da nossa realidade.

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Fonte: Bebê Abril

Colaboraram com a lista a seguir Aydê Arruda (mãe de Pedro), Giovana Amaral (mãe de Malu), Mirella Mesquita (mãe de Clarice) e Val Becker (mãe de Daniel).

1. Não seja homofóbica

Parece meio óbvio, mas não custa lembrar: bebês e crianças aprendem muito mais pelas atitudes e pelos exemplos dos pais e cuidadores do que pelas palavras.

“Nunca, nem por achar que ‘é só uma brincadeira inofensiva’, deve-se fazer comentários ou usar termos negativos relacionados à homossexualidade”, orienta Val.

Coisas como chamar fulano de “viadinho” e sicrana de “mulher-macho”, sejam eles homossexuais ou não, sabe? Ou dizer que algo é “coisa de viado”, como se fosse algo ruim.

Aliás, fica a dica: não é brincadeira, não é inofensivo, não é engraçado.

2. Trate a homossexualidade com naturalidade

Toda criança, em algum momento, vai perguntar coisas como “Por que esses moços estão de mãos dadas?” ou “Cadê o papai dele?” (quando encontrar uma criança com duas mães). Não é preciso fazer malabarismos para responder. “Porque eles se amam e estão demonstrando isso”, “Este amiguinho tem duas mamães que o amam muito” é o suficiente.

Acredite: o pensamento infantil é muito mais tranquilo que o da maioria dos adultos. Quanto mais você agir com naturalidade, mais a criança encará a diversidade numa boa.

3. Impeça que pessoas de seu círculo íntimo sejam homofóbicas (pelo menos perto das crianças)

Caso seu marido ou namorado tiver o hábito de fazer comentários homofóbicos, converse e explique que esse mau exemplo também afeta na construção do caráter das crianças. E que você se sente desconfortável com o comportamento dele, pois quer o melhor para seus filhos.

O mesmo vale para seus pais, irmãos, primos e amigos próximos. Nem todos receberão bem a bronca, mas adultos sabem (ou deveriam saber) respeitar a educação que você quer dar à sua família. Como bem coloca Giovana, “uma ‘cartilha’ é eficiente para informar, mas ineficaz se o meio em que a criança esteja inserida seja hostil com as diferenças”.

4. Não diferencie as coisas como “de menina” ou “de menino”

Separar brinquedos, roupas ou atividades em duas tabelas fixas de gêneros e forçar as crianças a seguir essas convenções reforça a ideia de que só o ~tradicional~ é correto. E faz com que elas, instintivamente, achem que o diferente não merece respeito.

Criança é criança. Meninas podem gostar de carrinhos e meninos podem brincar de bonecas, porque mulheres podem ser engenheiras e homens podem ser estilistas. Uma garotinha de camisa e calça azuis não é menos menina que a amiga de vestido rosa, e o garoto de camisa ou saia rosa é tão menino quanto o amiguinho vestido de caubói. Respeite os gostos de seus filhos.

5. Valorize atrações que mostrem a diversidade sexual de forma natural

Aydê recomenda para crianças pequenas o desenho Steven Universo. “Nele, duas heroínas acabam se apaixonando, se fundem e não se largam mais. Juntas, elas salvam o mundo e ainda ajudam um pai solteiro e mais duas heroínas a criar Steven”, conta, com muita doçura.

Tudo super na boa, super natural. Steven é um menino de sorte e sabe disso. ❤

6. Fique atenta à forma como a escola lida com a homossexualidade

De nada adianta fazer todo um trabalho em casa e em família se a escola não repreender atitudes homofóbicas dos alunos e não trabalhar a questão. Se você ficar sabendo de algum aluno que tenha sido discriminado por causa de sua aparência ou orientação sexual, se seu filho lhe contar que as ~brincadeiras~ homofóbicas são comuns em aulas e em intervalos, não pense duas vezes e vá conversar com a coordenação. Caso perceba que a postura da escola é omissa em relação ao respeito à diversidade sexual, vale até repensar essa escolha.

7. Converse caso seus filhos repliquem homofobia ouvida por aí

Crianças não têm malícia e muitas vezes repetem uma expressão ou imitam um comportamento apenas porque acharam legal ou porque ouviram/viram uma pessoa que admiram fazendo isso. “Tem que falar sempre e toda vez que acontecer, explicar por que está errado”, afirma Mirella.

A conversa deve que acompanhar o ritmo de compreensão da criança. Quando ela é pequena, explicações curtas e simples bastam; à medida que ela cresce, a conversa amadurece junto, ganha novas nuances e exemplos. Esteja aberta e tranquila, e os papos fluirão bem.

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Fonte: Bebê Abril

Fonte: Bebê Abril




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