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O centro da cidade de São Paulo, com seu ar de glamour e decadência, é um personagem em “A Cidade dos Abismos, dirigido por Priscyla Bettim e Renato Coelho, que traz no elenco Verónica Valenttino, Sofia Riccardi, Carolina Castanha e Guylain Mukendi, além de contar com a participação de Arrigo Barnabé, Claudio Willer e do padre Júlio Lancellotti. O filme chega aos cinemas nesta quinta-feira (11).

“A Cidade dos Abismos” (Foto: Divulgação)

Priscyla, que também assina o roteiro, explica que a geografia do Centro interessa a ela e Renato, pois encontram ali uma espécie de presença espectral de várias energias de São Paulo, além das figuras noturnas que transitam pela região da Praça da República, Avenida São João e Luz.

Há muitas camadas de temporalidade, muitas energias pulsando. São Paulo não é uma personagem realista, tentamos retratar essa camada metafisica, as diferenças, às vezes impressa na arquitetura, em monumentos. Criar uma imagem mais onírica, que dialoga com os universos poéticos dos poetas surrealistas que circulavam por lá”, conta Priscyla.

“A Cidade dos Abismos” (Foto: Divulgação)

O longa traz três personagens que testemunham um assassinato brutal na noite de Natal: Glória (Verónica Valenttino), mulher trans, Bia (Carolina Castanha), jovem da classe média paulistana, e Kakule (Guylain Mukendi), imigrante africano. Tal evento muda o rumo de suas vidas; indignados com a impunidade, resolvem ir atrás dos criminosos e fazer justiça.

O ponto de partida para o roteiro foram histórias que Priscyla e Renato ouviram em incursões pela noite paulistana. “Tínhamos um pouco as histórias que colecionamos nessas noites na região da República. Nenhuma foi seguida fielmente, mas ponto de partida, e fomos construindo o roteiro, e muitas coisas nos ensaios, os personagens foram crescendo”, comenta Priscyla.

“A Cidade dos Abismos” (Foto: Divulgação)

O filme conta ainda com uma música inédita de Arrigo Barnabé, “Virgem Jubilar”, que também faz uma partição em “A Cidade dos Abismos”, além de assinar a trilha sonora, com Vitor Kisil. O mesmo aconteceu com o Padre Julio Lancellotti. A princípio, Priscyla e Renato se aproximaram dele para pedir autorização para filmar uma cena de missa de sétimo dia na sua igreja. 

No filme já tinha um padre baseado nele, que lutava pelas causas das minorias. Pensamos em filmar na igreja dele, pois uma igreja mais tradicional não aceitaria filmar essa cena com mulheres trans. Na conversa ele foi muito generoso com a ideia do filme e convidamos para participar. Ele quis improvisar, falar o discurso de coração. E quando filmamos, todo mundo chorou de verdade, com muita emoção por causa da potencia da fala”, explica Priscyla.

Assista ao trailer de “A Cidade dos Abismos”




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