A prefeitura da cidade de Araci, na Bahia, está investigando denúncias de homofobia na gestão municipal após o vazamento de áudios e prints de conversas de cunho homofóbico no grupo do WhatsApp. Segundo comunicado oficial, os servidores envolvidos serão exonerados e haverá providências jurídicas.
Em um dos áudios, uma servidora teria dito que o local de trabalho só teria “homossexuais”, usando um tom de voz depreciativo ao se referí-los como “v14d0s”, e que o ambiente precisava de um “homem” para animar o setor.

“Zé tem que ter um homem aí pra animar porque todo lugar que você olha só tem v14d0. Ó peste”, disse a servidora. Em outro áudio, a mulher questiona se uma pessoa seria gay ou não. “Zé, me diga se existe. Como fazer para descobrir se (inaudível) é v14d0 ou não é”.
Ela também reclama que todas as salas de secretária teriam homens gays. “Toda sala que você alí tem que ter um v14d0. Quando não é v14d0 assumido é um que…”, disse.
Em um terceiro áudio vazado, um homem disse que faria uma indicação de uma pessoa para trabalhar na secretaria, mas que uma mulher poderia implicar pelo fato de um dos trabalhadores do lugar ser gay. No mesmo áudio, ele diz que “um [homem gay] a mais ou a menos não faria diferença”.
“O Edilson me pediu se tivesse uma vaga para botar um rapaz da Cascalheiras que era para falar com Keinha, que diz que levanta tudo. Carrega, descarrega carro, cozinha, faz tudo. É veado ele. Aí eu estava para falar com Keinha e dizer: ‘como lá já tá cheio, um veado a mais ou a menos não vai fazer diferença’. Aí eu tenho medo dela me entregar, aí não posso nem falar isso a ela. Usar essa referência”, diz a voz de um homem.

“A administração foi surpreendida pelas informações e está tomando as providências jurídicas e administrativas em torno do caso.
Os servidores serão exonerados e o caso será conduzido de modo que esse tipo de atitude não ocorra mais no ambiente do serviço público municipal. Serão averiguadas as informações, veracidade, contextos e propósitos daquilo que foi discutido ou difundido dentro do ambiente de trabalho.
Também estão sendo conduzidos os procedimentos e investigações quanto à prática de invasão de privacidade, clonagem de dispositivo móvel e outras possíveis contravenções que vieram a expor esses servidores e a própria instituição em ambiente de trabalho.
O município se posiciona totalmente contrário a qualquer manifestação preconceituosa, difamatória ou de encontro aos princípios éticos que devem nortear o exercício do serviço público”.
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