No último sábado de junho, dia 30, às 20h30, o Sesc Pompeia recebe mais uma edição do Boteco da Diversidade, abordando a visibilidade lésbica. O projeto traz debates artísticos e políticos relacionados aos direitos humanos. Cada edição aborda os temas escolhidos sob formatos diferentes.
Esta edição do Boteco vai pautar e dar voz às demandas, existências e resistências das mulheres lésbicas. Em uma sociedade marcada pela heteronormatividade e pela misoginia, as mulheres homossexuais enfrentam diversas formas de pagamento de sua sexualidade, quer seja por não terem sua orientação sexual respeitada e reconhecida, sendo frequentemente julgadas como heterossexuais frustradas, seja pela fetichização de seus afetos, ou seja pela negligência de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Além de violências simbólicas, as lésbicas também são alvo de agressões e crimes. De acordo com o Dossiê Sobre Lesbocídio, divulgado de forma inédita pelo Núcleo de Inclusão Social da UFRJ em março de 2018, o número de mortes de lésbicas por crime ao ódio aumentou 150% entre 2014 e 2017. Só nos dois primeiros meses de 2018, foram 26 casos registrados.
Tendo em vista esse cenário, o Boteco pretende jogar luz sobre as diversas facetas da lesbofobia, contribuir para fazer frente a essas formas de silenciamento e de inviabilização das mulheres lésbicas e celebrar, com bom humor, o amor.
Artistas e ativistas que participam desta edição
Absurda Confraria – com Angélica Müller e Daniela Biancardi
Angélica Müller é atriz, comediante e palhaça. Formada pelo Instituto Doutores da Alegria e, atualmente, aprendiz do curso de Humor na SP Escola de Teatro. Traz consigo uma pesquisa teatral voltada às máscaras da comédia, teatro físico e corpos das danças populares brasileiras.
Produtora e organizadora do Sarau D’Quilo – Comunidade Cultural Quilombaque, Daniela Biancardi é atriz, comediante e diretora artística. A artista se dedica à pesquisa do teatro gestual há 20 anos. Formada pela Escola Internacional de Teatro de Jacques Lecoq-Paris e Kiklos Scuola-Itália. Foi a primeira brasileira palhaça a integrar a expedição da África do Sul e Lesotho pelos Palhaços Sem Fronteiras(EUA).
Angélica Freitas é uma das mais destacadas vozes da poesia brasileira contemporânea. Publicou “rilke shake” (2007) e “um útero é do tamanho de um punho” (2012, reeditado em 2017 pela Companhia das Letras), vencedor do prêmio da APCA de melhor livro de poesia em 2012. É também autora da graphic novel “Guadalupe” (Companhia das Letras, 2012), em parceria com o artista visual Odyr.
Alexandra da Mata é atriz, diretora e preparadora de elenco. Gaúcha de Porto Alegre, iniciou sua carreira em 1997, na cidade de Canela, com Lisiane Berti. Mudou-se para São Paulo em 2002, onde formou-se atriz pelo INDAC – Escola de Atores. Desde lá, realizou trabalhos ao lado de nomes como Inês Aranha, Zé Henrique de Paula, Guilherme Santana, Cácia Goulart, Roberto Audio, Chef Mara Salles, entre outros. É professora de interpretação e montagem no INDAC – Escola de Atores.
Ana Roxo é formada em direção teatral pela ECA – USP, também cursou Escola de Arte Dramática da USP e cursa graduação em Filosofia pela Unicamp. Já trabalhou como professora de teatro, dramaturga e roteirista. Atualmente, mantém um canal no YouTube (O Mundo Segundo Ana Roxo) e contribui, semanalmente, com programa online Caixa-Preta, juntamente com o jornalista Fernando Morais.
Camila Couto é performer, atriz, artista sonora, pesquisadora e gestora cultural. Formada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná e pós-graduada em Gestão Cultural. Atualmente, vive em São Paulo, onde integra o coletivo de mulheres multiartistas Damas e desenvolve trabalhos solos de performance, vídeo arte, teatro e música à partir de sua pesquisa em gênero e sexualidade lésbica.
Cintia Rossini é atriz e comediante. Formada em Teatro pela Anhembi Morumbi, tem especialização em teatro corporal e mímica no Studio Magenia em Paris. Depois de formada Trabalhou como palhaço em alguns países da África. De volta a São Paulo, trabalha com comédia e teatro.
Dani Barsoumian é artista, educadora e ativista sapatão autônoma. Utiliza-se, principalmente, da arte da ação como ferramenta para reunir, dialogar e inventar realidades junto a outras pessoas e para discutir temas relacionados ao corpo e as construções e desconstruções de identidades. Seu trabalho tem como eixo central da pesquisa, as questões de gêneros, sexualidades e identidades nos contextos brasileiros.
Heliana Hemetério é graduada em História pela UFRJ e pós-graduada em Gênero, Raça e Sexualidade pela UERJ, com foco dos estudos na violência racista e homofóbica e a partir desses determinantes. É membra do Conselho Nacional de Saúde na função de Coordenadora da Comissão de Políticas de Equidade. Compõe a Comissão de Estudos sobre a Violência de Gênero do CEVIGE/OAB/PR. É vice-presidenta da ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais e Coordenadora executiva do Candacces – Rede Nacional de Lésbicas negras e Bissexuais Feministas.
Ligiana Costa é cantora, compositora e musicóloga. Fez mestrado em música renascentista na Itália, doutorado na França e na Itália e, recentemente, concluiu pós-doutorado na USP. Ligiana lançou dois discos autorais e, atualmente, se dedica ao seu duo de música eletrônica, NU – Naked Universe, em parceria com Edson Secco. NU já circulou pelo Brasil, Estados Unidos e Europa e prepara agora um novo disco.
Louie Ponto é formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestranda em crítica feminista. Tem um canal no YouTube (que leva o seu nome) em que aborda questões atuais como sexualidade e feminismo.
Maria Beraldo é cantora, compositora e clarinetista. Integrante da banda de Arrigo Barnabé, Maria alça voos solo desde 2016, usando como força motriz a mulher por meio da desconstrução de normatividades de gênero e sexualidade. É bacharel em Música Popular e mestre em Música e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Cristiane Klein é diretora fundadora da Dionisio Produção. Desenvolve, há 22 anos, projetos na área de produção e direção executiva de projetos culturais que englobam espetáculos de música clássica e popular, dança, teatro, produção e lançamento de livros e filmes. Em 2015, recebeu o prêmio Denilto Gomes de melhor produção em dança.
Patrícia Meira é poeta, slammer, romancista, compositora, oficineira, arte-educadora, afro empreendedora, organizadora e idealizadora do coletivo Alcova – formado por três mulheres negras, gordas e lésbicas.
Regina Facchini é doutora em Ciências Sociais. Coordena o Núcleo de Estudos de Gênero Pagu e é docente dos programas de pós-graduação em Ciências Sociais e em Antropologia Social, todos na Unicamp. É pesquisadora do CNPq e diretora regional da Associação Brasileira de Antropologia. Integrou o movimento LGBT entre 1996 e 2008. Pesquisa ativismos feministas e LGBT, violência e saúde de LGBT.
Akuosa Solução é arte~conexão nas artes gráficas e performáticas, akuosa busca pela transmissão e emanação de imagens que habitam outras camadas de realidade, tendo como base de estudo e referência, a arte das visões: processo criativo no qual a produção artística se dá a partir de experiências advindas de jornadas espirituais e estados alterados de consciência. Para ver mais: instagram.com/aakuosaa
Siga Bem Caminhoneira é um bloco coletivo de visibilidade lésbica, que tem a proposta de criar um espaço para as mulheres se sentirem livres, respeitadas e seguras no carnaval de São Paulo. Em 2018, fez seu segundo desfile na capital paulista.
Simonissíma é Dj, pesquisadora musical e gestora cultural. É conhecida por sets criativos e buena onda, recheados de músicas para bailar, brasileiras e de outras bandas. Produz o programa “Seleta Coletiva, Nas Batidas de um Brasil Plural” na rádio Graviola e já dividiu os palcos com Karina Buhr, Orquestra Contemporânea de Olinda, Felipe Cordeiro, Banda Uó, As Bahias e a Cozinha Mineira, Letrux etc.
Virgínia de Medeiros é artista visual, adapta imagens documentais para usos subjetivos. Recebeu em 2015 o Prêmio PIPA Júri e Voto Popular e a 5a Edição do Marcantonio Vilaça. Participou de várias exposições, como 27ª Bienal Internacional de São Paulo (Pavilhão da Bienal, 2006); 31a Bienal de São Paulo, São Paulo (Pavilhão da Bienal, 2014); La réplica Infiel (Centro de Arte 2 de Mayo, Madrid, 2016).
Constroem o Boteco da Diversidade nesta edição
Idealização e Curadoria Sesc Pompeia
Produção Executiva Cristine Klein e Juliana Vinagre | Dionísio Produção
Direção e Roteiro Alexandra da Matta
Artistas e Ativistas Akuosa Solução, Alexandra da Matta, Ana Roxo, Angélica Müller e Daniela Biancardi (Absurda Confraria ), Angélica Freitas, Bloco Siga Bem Caminhoneira, Camila Couto, Cintia Rosini, Cristine Klein, Dani Barsoumian, Heliana Hemetério, Ligiana Costa, Louie Ponto, Maria Beraldo, Patrícia Meira, Regina Facchini, Simoníssima, Virgínia de Medeiros
Ilustrações Akuosa Solução
Iluminação Samya Peruchi
Cenografia Mayara Mascarenhas
Som Rebeca Montanha
Assistentes Pat Lávisqui, Hayeska Somerlatte, Mercedes Machado, Márcia Alves
Identidade Visual (capa) Laerte
Textos Angélica de Freitas, Ligiana Costa, Virgínia de Medeiros
SERVIÇO:
BOTECO DA DIVERSIDADE: VISIBILIDADE LÉSBICA
Dia 30 de junho, sábado, às 20:30h
Comedoria
*A capacidade do espaço é de 800 pessoas. Assentos limitados: 150. A compra do ingresso não garante a reserva de assentos. Abertura da casa com 90 minutos de antecedência ao início do show.
Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos*
*Menores de 18 anos podem entrar acompanhada de pais ou responsáveis legais.
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia
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