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Casados há 10 anos, os engenheiros civis Gustavo Catunda (29) e Robert Rosselló (31), terão filhos gêmeos gerados por Lorenna Resende (27), prima de Gustavo, com óvulo doado pela irmã dele, Camila Catunda (20). Eles serão o primeiro casal do Distrito Federal a realizar fertilização in vitro com óvulo doado por uma parente após nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada em junho. As informações são do Diário de Pernambuco.

Até então, os doadores de gametas ou embriões não podiam conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. Já a nova resolução prevê que “os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa, exceto na doação para parentesco de até 4º grau, de um dos receptores (primeiro grau – pais/filhos; segundo grau – avós/irmãos; terceiro grau – tios/sobrinhos; quarto grau – primos), desde que não incorra em consanguinidade”.

Além disso, a cedente temporária do útero precisa ter pelo menos um filho vivo e pertencer à família de um deles. Outros casos estão sujeitos a avaliação e autorização do Conselho Regional de Medicina.

Casal brasileiro terá filhos gêmeos com material genético dos dois pais
Arquivo pessoal

Nesse contexto que Robert e Gustavo puderam realizar o sonho da paternidade. Segundo Robert, ambos queriam um filho desde o início do relacionamento. “Desde cedo idealizávamos uma misturinha de nós dois. A ideia que a gente sempre teve era de usar o óvulo da irmã dele, já que eles são bem parecidos, com o meu espermatozoide”. Ele também conta que a irmã do Gustavo sempre concordou com a ideia, mas foi a partir de 2015 que ambos realmente foram atrás de ter filhos.

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“Fomos em uma palestra de uma clínica, que foi inclusive onde a gente fez a fertilização, voltada para o público LGBT. Lá, a gente ficou muito animado, mas tivemos o primeiro baque, porque descobrimos que não podíamos usar óvulos de doadores conhecidos”, diz Robert.

“No Brasil, compra de material biológico também é proibida, então tem que ser doação, e sempre foi obrigatório que fosse anônimo. Então, foi uma frustração ali naquele momento, mas não desanimou a gente de ser pai”, complementa Gustavo.

Arquivo Pessoal

Eles procuraram “barrigas de aluguel” fora do país, mas o valor mais barato para casais LGBTs era na Colômbia no valor de 60 mil dólares. Então, eles decidiram pela compra de óvulo em um banco internacional.

“A gente estava já quase comprando, falamos com a empresa e a clínica lá de fora. Mas, antes, fizemos uma viagem para o aniversário do Gustavo e, voltando, no dia seguinte iríamos assinar o contrato e comprar. Aí, voltando, no aeroporto, à noite, recebemos uma mensagem da nossa advogada falando que a resolução mudou após não sei quantos anos e que agora era permitido o uso do óvulo de um parente de até quarto grau”, conta Robert.




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