Antes de sua sexualidade vir a público no ano de 1998, George Michael viveu a homossexualidade de forma escondida. A dor de uma via privada, tornou-se legível em letras de suas canções, como “Freedom”, de 1990, onde ele canta: “Acho que há algo que você deveria saber / Acho que é hora de te contar / Há algo dentro de mim / Há outra pessoa que eu tenho que ser”.
O artista, que se tornou um importante ativista da causa LGBTQIA+ após tornar público que era gay, morreu em 25 de dezembro de 2016, aos 53 anos. No livro “George Michael: A Life”, o autor James Gavin explora os diferentes lados de Michael, que vão desde suas inseguranças, até o cantor que era considerado um “deus hipermacho do sexo”.

“Michael passou a primeira metade de sua vida criando aquele personagem [o deus hipermacho do sexo], e a segunda metade de sua vida destruindo aquele personagem. […] Quando comecei o livro, quase todo mundo me ignorou ou disse não, e acho que por duas razões. Um, estava muito perto de sua morte, e as pessoas ainda estavam cruas. E dois, as pessoas ficaram instantaneamente desconfiadas, e parte disso foi porque Michael viveu toda a sua vida escondido”, disse Gavin em entrevista a Brandon Tensley, da CNN.
O autor do livro sobre Michael também falou sobre algumas dores na vida do artista: a perda de seu amante para a Aids e de sua mãe. “Não, ele não se recuperou. Ele só ficou pior e pior e pior. Ele se sentiu terrivelmente vitimizado, como se o mundo estivesse atrás dele. Parte do meu livro fala sobre isso”, conta o autor.
“Há uma passagem sobre o Equality Rocks (um show beneficente de 2000 para a Human Rights Campaign, um grupo de defesa LGBTQ). Nesta celebração da igualdade e liberdade emergentes e um sentimento de união, Michael só podia olhar para aquela multidão e ver toda a dor que ser gay lhe causou. E o monólogo que ele deu no show, é um longo discurso sobre tudo que o machucou em sua vida. Ele estava com raiva, com raiva de tudo isso”, acrescenta Gavin.
Para escrever o livro, o autor diz que tentou ser empático e que se concentrou no fato de que sempre que menciona o nome “George Michael” para as pessoas, elas sorriem. “Escrevi um epílogo que espero que seja mais otimista do que o que o precede, porque não quero deixar as pessoas muito tristes. […] Eu não poderia ter contado essa história se não conseguisse encontrar empatia por Michael. Você tem que, de alguma forma, ser capaz de se colocar no lugar da pessoa sobre quem está escrevendo”, finalizou.

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