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A Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) barrou uma homenagem ao ex-jogador de vôlei Maurício Souza, que estava marcada para a próxima segunda-feira (9). Apesar de deputados de esquerda e de direita debaterem se ele foi ou não homofóbico, a razão do veto devido Souza ser declaradamente candidato a deputado federal pelo PL de Minas Gerais.

De acordo com uma reportagem do jornalista Demétrio Vecchioli, do Uol, recentemente, houve a tentativa de homenagear o ex-ministro Tarcísio Freitas, que está pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos. Na ocasião, a consultoria jurídica da ALESP não aprovou a honraria a Freitas, devido a conflitos com a legislação eleitoral.

Maurício Souza (Foto: Reprodução)

Esse foi o mesmo motivo usado pela Mesa Diretora da ALESP para vetar a homenagem ao ex-jogador de vôlei. Por indicação da deputada Letícia Aguiar (PP), que exaltou sua “coragem” de Souza ao se  posicionar criticando um beijo gay entre dois personagens em uma HQ, ele receberia o Colar de Honra ao Mérito Legislativo. A honraria, criada em 2005, é concedida a pessoas que “tenham atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico” do estado de São Paulo.

De acordo com a reportagem, os deputados de oposição só souberam da homenagem ao ex-jogador de vôlei quando ela foi anunciada pela assessoria de imprensa da deputada bolsonarista, no fim da semana passada. A notícia chegou com atraso, pois os trâmites referentes à entrega do Colar passam  por um sistema interno chamado “ALESP Sem Papel”, diferente de outras homenagens que passam por debates no plenário.

Em ofício enviado ao presidente da casa, Carlão Pignatari (PSDB), o Presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Emídio de Souza (PT), disse: “É lamentável a tentativa de distinção a um indivíduo que ganhou destaque em razão de seu discurso divisivo de ódio e intolerância contra uma minoria. Diferentes estatísticas apontam o Brasil como um dos países com maior incidência de violência contra a comunidade LGBTQIA+”.

O ex-jogador teve seu contrato rescindido pelo Minas Tênis Clube após fazer publicações homofóbicas referente ao HQ Super Homem, em que o personagem beija outro homem, e criticar: “Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar“, escreveu. Depois de deixar o clube mineiro, Souza oficializou sua entrada na política partidária, filiando-se ao PL, partido em que Jair Bolsonaro é pré-candidato a presidência.




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Jornalista gaúcho formado na Universidade Franciscana (UFN) e Especialista em Estudos de Gênero pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)