A empresa de hospedagem Cloudflare confirmou que seu serviço próprio de gateway de filtragem de tráfego não conta mais com um recurso pré-definido que bloqueia sites LGBTQ. A resposta é uma mensagem enviada por um analista britânico, que notou que uma das categorias bloqueadas pelo gateway era relacionada ao público LGBTQ. As informações são do GizModo.
O serviço de gateway de filtragem de tráfego da Cloudflare tem como objetivo proteger os navegadores de acessar sites repletos de malware ou golpes. Além de dar aos clientes a chance de restringir o acesso a determinados sites associados a spyware ou spam, ele também oferece a opção de bloquear páginas em categorias específicas com alguns temas sensíveis, como “jogos de azar” ou “violência”.
Enquanto vasculhava sites de “sociedade e estilo de vida” que a Cloudflare poderia filtrar, o analista de tecnologia Henry Cole, que mora em Londres, encontrou uma subcategoria de páginas bloqueadas chamada “LGBTQ”. Cole exibiu a informação no Twitter e o Cloudflare removeu a categoria logo em seguida.
No ano passado, a empresa lançou um produto de filtragem de tráfego voltada especificamente para família, dizendo que o objetivo era impedir que as crianças acessassem acidentalmente “conteúdo adulto“. No entanto, além dos canais focados em pornografia, serviços dedicados a apoiar os LGBTQIA+, incluindo alguns que eram voltados para crianças gays e trans, foram bloqueados também.
Na ocasião, a Cloudflare pediu desculpas e responsabilizou um parceiro externo pelo problema, dizendo que um dos fornecedores tinha várias categorias de “conteúdo adulto” para bloquear, e essa empresa teria escolhido uma categoria diferente da pornografia, usando uma definição mais liberal, bloqueando sites relacionados a LGBT no processo.
“Configuramos uma série de verificações de sites conhecidos que deveriam estar fora das categorias pretendidas, incluindo muitos que listamos de maneira equivocada. Esperamos que isso ajude a detectar erros como esse no futuro”, completou a Cloudflare.
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