Ainda estão abertas as inscrições para a seleção do Fundo TODXS para Pessoas Trans e Travestis, programa que tem o objetivo de fomentar a geração de renda para pessoas trans e travestis por todo o Brasil. A seleção seguirá até o dia 19 de maio e contemplará dez negócios com sessões de mentoria com especialistas em negócios da NIVEA BRASIL, parceira da TODXS no projeto. Cada um dos selecionados ainda receberá R$ 3.000 em capital-semente. O processo seletivo será composto pela análise de um formulário de inscrição e uma entrevista.
Podem se inscrever responsáveis por negócios em quaisquer áreas. Segundo a Gerente de Empreendedorismo da TODXS, Milena Katryell, os critérios de seleção envolvem a disponibilidade para cumprir com as atividades e participar das rodadas de mentoria do programa, o perfil sociodemográfico dos inscritos e a maturidade do projeto, com uma análise dos objetivos e do planejamento proposto pela equipe e o potencial da iniciativa em crescer e se manter.
“A nossa ideia é investir em projetos que se sustentem financeiramente após o Fundo. Para isso, vamos avaliar, durante as inscrições, a maturidade do projeto e da pessoa”, diz Milena. Em edições anteriores do Fundo TODXS, moda, maquiagem, hospedagem, alimentação, entre outros foram alguns dos campos de projetos selecionados.
Pensando no cenário vivido por esta população, a especialista em projeto da TODXS, Judá Nunes, diz que investir em projetos de formação para profissionais e empreendedores trans e travestis no Brasil. “É uma forma de combater a discriminação e o preconceito, contribuindo para fomentar a criação de novos negócios e acelerar o desenvolvimento econômico do país. Sobretudo, ajuda a construir uma sociedade mais justa e igualitária”.
Co-Diretor Executivo da organização, Gabriel Romão explica que “a TODXS consegue olhar para a comunidade LGBTI+ entendendo que ela não é um grupo único, com as mesmas demandas e vivências sociais. As nossas pesquisas e a nossa representatividade interna mostram que há subgrupos que precisam de mais ações do mundo corporativo, do terceiro setor e de políticas públicas. Por isso, é importante olhar para a comunidade trans e travesti e ter projetos específicos para ela”.

Romão reforça que a situação de vulnerabilidade social de trans e travestis, a expectativa de vida de apenas 35 anos desta população e a quantidade de pessoas trans que vivem nas ruas, por exemplo, são fatores importantes e que mostram a necessidade do desenvolvimento de um projeto voltado especificamente para esta comunidade. “Ou se olha para essa população de forma intencional, ou não vamos ter uma mudança estrutural para essas pessoas”, completa.
As inscrições terminam em 19 de maio. Quem se interessar pode acessar o link do formulário de inscrição.
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