Morre, aos 87 anos, o diretor de cinema William Friedkin, responsável por clássicos como “O Exorcista” e também do polêmico filme gay “Parceiros da Noite”, em complicações decorrente de uma pneumonia. A informação foi confirmada pela sua esposa, Sherry Lansing, ao Variety.
Nascido em 29 de agosto de 1935 em Chicago, Friedkin deixou uma marca indelével na indústria cinematográfica, e uma de suas obras mais polêmicas é o filme “Parceiros da Noite” (Cruising, em inglês), lançado em 1980.
Friedkin iniciou sua carreira dirigindo documentários e programas de televisão, mas foi seu trabalho no filme “O Exorcista” (The Exorcist), de 1973, que o elevou para o reconhecimento internacional. Sendo um de seus trabalhos mais notóricos, o filme arrecadou US$ 500 milhões em bilhetrerias ao redor do mundo, e é considerado um dos primeiros blockbusters internacionais, junto com “O Poderoso Chefão”. Por este trabalho, o cineasta foi indicado ao Oscar de melhor direção e também de melhor filme.

Já “Parceiros da Noite” gerou controvérsia e protestos por levantar questões sobre identidade, sexualidade e subculturas marginais. O filme é centrado na história de um policial interpretado por Al Pacino, que se infiltra na cena LGBT de Nova Iorque para investigar uma série de assassinatos brutais.
O filme gerou uma onda de protestos da comunidade LGBTQIA+, que viu a obra como uma representação negativa e estigmatizada da cultura gay. Muitos criticaram o filme por perpetuar estereótipos prejudiciais e explorar o sensacionalismo em detrimento de uma narrativa mais precisa e sensível. A controvérsia se estendeu além das telas, com manifestações e debates sobre a ética da representação.
O último filme de William Friedkin foi “The Caine Mutiny Court-Mart”, que está previsto para estrear no Festival de Veneza no próximo dia 30 de agosto. O protagonista é interpretado por Kiefer Sutherland, que ganhou fama internacional na série “24 horas”.
William Friedkin deixa esposa e dois filhos.
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