O Paquistão abriu uma escola pública na cidade de Multan destinada à mulheres transexuais com fundos públicos. Tanto as alunas quanto as professoras serão pessoas transgêneros e o objetivo é dar qualificação profissional a essa população que ainda é condenada ao ostracismo e precisa recorrer à prostituição ou outras atividades como meio de sobrevivência. As informações são do G1.
Segundo o ministro da Educação da província de Punjab, Murad Raas, onde está localizada a escola, o objetivo é que o país ofereça “educação para todos”. Já uma das alunas, Baby Doll (20), disse que a iniciativa é importante, pois quando ela era estudante de uma escola tradicional, a atitude dos funcionários e professores era preocupante.
“Os meninos zombavam de nós e se comportavam mal conosco” – disse.

Já Hina Chaudhary, funcionária do Ministério da Educação de Punjab, disse que futuramente eles querem abrir mais escolas nessa mesma linha: “Estamos tentando resolver o fracasso escolar entre as pessoas trans”.
A comunidade trans é muito ativa no Paquistão e culturalmente elas são encarregadas de alguns rituais, como abençoar recém-nascidos ou animar casamentos. Apesar disso, elas sofrem com o estigma.
“As pessoas nos veem como uma forma de entretenimento quando saímos”, disse a estudante Hania Henny, “Mas nesta escola, os funcionários são extremamente educados. A diferença entre a vida na escola e a vida fora é que aqui nos sentimentos tranquilos”, conclui.
Em 2018, o Parlamento aprovou a Lei de Pessoas Trans, estabelecendo amplas medidas protetivas a essa população e permitindo que transgêneros se autoidentificassem como dos gêneros masculino, feminino ou não-binário, e os documentos oficiais como RGs e passaportes passam a incluir o nome social e não de batismo.
No ano seguinte, houve a primeira Parada do Orgulho Trans quando ativistas LGBTs tomaram as ruas de Lahore, capital da província do Panjabe, justamente para celebrar o reconhecimento que a comunidade adquiriu junto com governo paquistanês, e lutar para que as diretrizes fossem implementadas, considerando que a população continua sofrendo preconceito.
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