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O surfista Pedro Scooby participou do podcast “Podpah” e disse que o surfismo não tem espaço para os gays, sendo um ambiente ainda homofóbico. As informações são do UOL Esporte.

“O surfe é um esporte super homofóbico. É um lugar cheio de piadinha de gay. Não tem nenhum surfista famoso que se assumiu gay até hoje. Tenho certeza que é por medo”, disse.

“Não tem um cara que chega na praia de mão dada com o namorado dele e vai pegar umas ondas. Capaz de alguém agredir o cara. É um esporte que parou no tempo, não tem a parada de agregar.”, completa.

Além de ser um ambiente homofóbico, Scooby também diz que o ambiente é racista, e que ele não percebe o ambiente como um lugar de oportunidades iguais.

- BKDR -
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“O surfe também é um esporte racista para c***, não pela parte dos surfistas, mas pelas oportunidades dadas. Para os pretos não são as mesmas que para os brancos”, concluiu.

Pedro Scooby diz que surfe continua sendo um ambiente homofóbico e racista
Reprodução

Surfista australiano abandonou o circuito por paranoia em ser gay

O discurso de Scooby vai de encontro ao de Matt Branson, que concedeu uma entrevista ao O GLOBO em dezembro de 2020 e disse que abandonou as competições em 1991 justamente por paranoia em ser gay.

“Eu abandonei o circuito por total paranoia por ser gay. Simples e direto, foi isso.” – disse Branson – “Eu estava surtando. Eu tinha um parceiro naquela época, então larguei o circuito e fomos morar junto. E eu basicamente escondi isso do mundo naquela época. Eu também havia sido esfaqueado em Sydney (em uma confusão em uma boate) seis meses antes, então eu também estava lidando com aquilo.”

Quando questionado sobre a mudança da sociedade em comparação há trinta anos atrás, Branson se demonstra bastante otimista.

“O mundo era um lugar totalmente diferente. Digo, quando eu viajava no circuito mundial, havia lugares em que você poderia ser morto se fosse gay. Ainda existem lugares assim. Felizmente isso está mudando. Penso que agora a maioria dos surfistas atuais não se importante com a sexualidade das pessoas. Com certeza mudou muito de quando eu era jovem. Tenho certeza que se as pessoas soubessem que eu era gay nos anos 80/90, eu provavelmente teria sofrido bastante enquanto surfava” – comenta Branson.




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Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro, dedicou sua vida a falar sobre cultura nerd/geek. Gay desde que se entende por gente, sempre teve desejo de trabalhar com o público LGBT+ e crê que a informação é a a melhor arma contra qualquer tipo de "fobia"