Uma ação ajuizada por três ONGs que lutam pelos direitos LGBTs está tramitando na 14ª Vara Cível de Manaus pede R$ 300 mil em indenização ao apresentador da RedeTV! Sikêra Jr por crime de LGBTfobia em seu programa “Alerta Nacional”.
São dois pedidos principais movidos pela “Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Amazonas – ASSOTRAM“, “Manifesta LGBT” e “Aliança Nacional LGBTI+“.
O primeiro quer, pela força da lei, que o apresentador seja proibido de proferir discursos de ódio relacionados aos membros da comunidade LGBTQIA+, além do pagamento de R$ 10 mil cada vez que violar a determinação. Já o segundo pede que, ao fim do processo, caso o juiz julgue procedente, Sikêra Jr terá de indenizar por danos morais diversos coletivos à comunidade LGBT no valor de R$ 300 mil.
“Na ação, juntamos diversos vídeos com passagens do programa dele onde se refere à LGBTs como ‘bandidos’, ‘castigo de Deus’, ‘raça do satanás’ e vergonha” – diz o advogado Guilherme Honorato, representante das ONGs. Honorato também acrescenta que Sikêra parece querer que os telespectadores associem os membros da comunidade LGBTQIA+ com potenciais criminosos ou pessoas violentas.
“Ele constantemente noticia crimes nos quais os autores foram pessoas LGBTs e enfatiza a sexualidade dos criminosos, fazendo o telespectador acreditar que existe alguma relação entre a sexualidade e/ou identidade de gênero com o crime cometido, quando na realidade não há relação alguma” – diz Honorato, que também colocou na ação que o apresentador “deturpa e manipula os valores e pautas dos membros da comunidade LGBT”.
Sikêra Jr é condenado por chamar modelo trans de “raça desgraçada”
Anteriormente, Sikêra Jr foi condenado a pagar 30 mil reais de indenização à modelo trans Viviany Beleboni, que em 2015 representou Jesus crucificado durante a Parada do Orgulho LGBT de SP.
Siqueira usou a imagem de Viviany ao tratar de um crime cometido por um casal de mulheres lésbicas. Na reportagem, Sikêra exibiu a foto de Beleboni e disse: “Isto é um lixo, uma bosta, uma raça desgraçada”. A informação foi divulgada pelo colunista Rogério Gentile, da Folha de S. Paulo.
Além da indenização,o juiz Sidney da Silva Braga também determinou que a imagem da modelo seja retirada da reportagem sobre o crime, que foi postada no YouTube. O vídeo também foi compartilhado por pessoas como Marco Feliciano.
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