O vereador Claudinei do Vale (Cidadania), de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se dirigiu ao prefeito da cidade Lucas Coelho (Avante) com palavras homofóbicas durante uma reunião ordinária realizada no último dia 3 de agosto. As informações são do G1.
Segundo o parlamentar, Coelho esteve uma lanchonete durante uma viagem a Brasília e publicou uma enquete nas redes sociais para que as pessoas votassem se ele deveria comer um pão com linguiça ou uma coxinha.
“Votei, é claro, no pão com linguiça, sabendo do passado do prefeito, que é meu contemporâneo. Votei porque, desde criança, conheço o prefeito e sei como ele gosta, sempre gostou da linguiça, sempre foi chegado, literalmente falando, na linguiça, né, prefeito? Então, não teve como eu não votar no pão com linguiça, né? O que me admirou, nos seus mais de 50 anos, (foi) continuar gostando da linguiça, e não só da linguiça, como da cenoura, por isso que chama Lucas Coelho, né?”, disse Claudinei.

A Corregedoria da Câmara Municipal emitiu uma nota, no dia 4 de agosto, repudiando o posicionamento homofóbico de Claudinei. O vereador Fúlvio Avalonny Ratto Brandão (Avante), disse que o parlamentar precisa ser “severamente repreendido”.
“Usar de ataques pessoais e discurso homofóbico como instrumento para ridicularizar um homem público, ou qualquer ser humano, é inaceitável, principalmente se este discurso de ódio for proferido na tribuna da casa legislativa. O vereador, em meu entendimento, cometeu um crime e uma desonra a esta casa. Espero que os pares entendam que ele precisará ser severamente repreendido na esfera legislativa, bem como também pelas outras instituições de justiça”, diz a nota, assinada pelo vereador Fúlvio Avalonny Ratto Brandão (Avante), corregedor da Câmara.
O prefeito Lucas Coelho também lamentou o ocorrido, dizendo que a fala de Claudinei é caluniosa: “Em um momento de tamanha intolerância que vivemos no país, a atitude do parlamentar é um mau exemplo de conduta e respeito. Certamente, não foi com este objetivo que uma parcela da população caeteense o elegeu para exercer o seu mandato, tampouco penso que a tribuna de uma Câmara Municipal, onde políticos tão importantes na história da nossa cidade já se manifestaram em defesa do povo, deva ser utilizada desta forma. Com tal ato, o vereador cometeu o crime de homofobia e não ofendeu somente a mim, mas a todos os caeteenses”, disse.
Já o presidente da Câmara Municipal, Diêmerson Porto (Republicanos), disse que está se reunindo com os outros vereadores e a assessoria jurídica da Casa para discutir providências a serem tomadas: “Cabe a cada vereador no uso da tribuna se responsabilizar pelos seus atos, atitudes e, principalmente, falas e posicionamento”, afirmou.
O partido Cidadania também se pronunciou dizendo que “não compactua com qualquer ato de homofobia, discriminação ou desrespeito de qualquer tipo”.
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