Peça-manifesto que apresenta relatos sobre corpos vivendo com HIV estreia temporada em SP

"A Doença do Outro", solo interpretado pelo próprio autor, Ronaldo Serruya, estreia nesta sexta-feira (11) e segue até 11 de dezembro no Sesc Ipiranga

A Doença do Outro“, solo interpretado pelo próprio autor, Ronaldo Serruya, coloca em cena a história social em torno do HIV, e sua relação com o diagnóstico recebido em 2014. A peça, que se consolida como uma abordagem sensível para a produção artística em torno do tema, ganha temporada no Sesc Ipiranga, de 11 de novembro a 11 de dezembro de 2022.

“A Doença do Outro” (Fotos: @jonatasmarques_)

O que a peça faz é construir um discurso a partir do nosso tempo, tratar sobre HIV/Aids em 2022, com tudo o que foi produzido ao longo dos 40 anos (desde que o vírus do HIV foi identificado)”, conta Serruya sobre a abordagem do trabalho. “Nós honramos um legado de luta para que chegássemos até aqui, mas celebramos a vida em cena”, completa o ator.

Dirigido por Fabiano Dadado de Freitas, “A Doença do Outro” debate preconceitos, estigmas e, acima de tudo, quebra o silêncio sobre a vida de pessoas portadoras do vírus. “O silêncio não nos protege porque nos escondemos. Se não falo, eu me preservo, mas ao mesmo tempo fico invisível. Mesmo após tantos anos, décadas, a regra do silêncio sempre permaneceu”, pontua Serruya.

“O desejo da peça é de que um dia ninguém mais precise se esconder nesse armário do HIV, que não precisemos mais de uma lei que defenda o anonimato – lei que defendo porque ainda enfrentamos muito preconceito”, acrescenta o ator.

“A Doença do Outro” (Fotos: @jonatasmarques_)

Para a construção do texto, Serruya teve como ponto de partida algumas fontes essenciais: a obra “A Doença e suas Metáforas, da ensaísta e filósofa estadunidense Susan Sontag; conceitos do feminismo negro e da teoria queer também aparecem para pensar como os conceitos de um corpo diverso vão se formando; por fim, há relatos autobiográficos do próprio autor e performer da cena, que vive com HIV desde 2014.

Neste solo, a direção coloca a teatralidade e a interatividade unidas: os temas dessa “conversa”, como diz o ator, se apresentam em uma série de jogos com a plateia, permeados pelo videografismo presente em projeções em vários locais, inclusive no figurino.

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