Bárbara Bruno, Glamour Garcia e Augusto Zacchi entram em cartaz com peça inspirada em Oscar Wilde

Com inspiração em Oscar Wilde, o espetáculo "A Rouxinol e a Rosa - Um amor que não ousa dizer seu nome" constrói uma reflexão profunda sobre o preconceito, a liberdade de expressão e o direito à igualdade para a comunidade LGBTQIA+

No palco do Teatro B32, localizado no complexo multiuso B32 da Av. Faria Lima, em São Paulo, uma história inspirada na vida e na obra de Oscar Wilde está ganhando vida de maneira espetacular. “A Rouxinol e a Rosa – Um amor que não ousa dizer seu nome”, um projeto teatral audacioso e comovente, visa construir uma reflexão profunda sobre o preconceito, a liberdade de expressão e o direito à igualdade para a comunidade LGBTQIA+.

Bárbara Bruno, Glamour Garcia e Augusto Zacchi entram em cartaz em SP com 'A Rouxinol e a Rosa' - Foto: Cristiane Natale
Bárbara Bruno, Glamour Garcia e Augusto Zacchi entram em cartaz em SP com ‘A Rouxinol e a Rosa’ – Foto: Cristiane Natale

Escrito e dirigido por Rony Guilherme Deus, o espetáculo mergulha na história de um amor proibido e corajoso entre dois jovens soldados no final do século dezenove. Um deles, bravamente, ousa não apenas expressar seu amor por outro homem, mas também revela sua identidade como mulher no corpo de um homem. Essa ousadia cobra um preço alto, custando-lhe a própria vida. Seu corpo é lançado em um poço seco, mas, em um toque de magia, o poço começa a verter água e a realizar milagres.

A cada noite de lua cheia, uma figura mítica, uma mistura de mulher trans e rouxinol, emerge do poço, tornando-se o guardião do amor e dos casais apaixonados. A trama se desenrola quando um jovem aristocrata pede ajuda à figura rouxinol para conquistar sua amada donzela com uma rosa-vermelha inexistente. Rouxinol, em paixão pelo jovem, sacrifica-se para ajudá-lo, tentando dar vida à rosa-vermelha com o sangue de seu próprio coração.

“Como escritor e diretor teatral, busco histórias que provoquem uma mudança de pensamento e toquem o público de maneira significativa”, fala Rony Guilherme Deus sobre o espetáculo.

“O cenário é minimalista, mas belo. Esta simplicidade é fundamental para transmitir a mensagem de forma impactante, concentrando a energia no desenvolvimento dos personagens e na força das palavras de Oscar Wilde e a urgência de combater as injustiças e preconceitos presentes em nossa sociedade. A equipe técnica reúne renomados profissionais ligados a arte: Ciro Barcelo assina a direção de movimento e Cláudio Tovar os figurinos. Acredito que essa peça tem o poder de tocar as pessoas, despertar a discussão sobre a necessidade de mudança e motivar ações em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva”, finaliza o diretor.

Serviço

PEÇA TEATRAL
A ROUXINOL E A ROSA – Um amor que não ousa dizer seu nome

Temporada: de 15 de setembro a 28 de outubro, sessões sextas e sábados, às 23h50.
Ingressos: de R$ 60 a R$ 30
Ingressos online: neste link
Bilheteria: das 14h às 18h

Local: TEATRO B32 | 478 Lugares
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.732 – Itaim Bibi

Duração: 80 min
Recomendação 16 anos

FICHA TÉCNICA

Texto e Direção: Rony Guilherme Deus
Inspirado na obra de Oscar Wilde
Elenco:
Rouxinol – Glamour Garcia
Feiticeira – Bárbara Bruno
Jovem Aristocrata – Augusto Zacchi
Direção de Movimento – Ciro Barcelos
Figurinos – Cláudio Tovar

VISAGISMO: Anderson Bueno
FIGURINOS – Cláudio Tovar
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO – Fernanda Ferrari
GERENTE DE PRODUÇÃO – Fabiana Franco
ADMINISTRAÇÃO – Luciene Cunha
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO – Émile Dias
CENÁRIO – Pedro Kaleniuk
SONOPLASTIA/DJ – Milton Lemos
ILUMINAÇÃO – Fábio Barcelos
TRILHA SONORA – Luiz Archano
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Flavia Fusco Comunicação
PRODUÇÃO: Estúdio Mágico

Sobre a Equipe

Glamour Garcia foi a vencedora do Troféu de Atriz Revelação em 2019 pela atuação como Britney na novela “A Dona do Pedaço”, tornando-se a primeira artista trans a vencer esse tipo de premiação na Rede Globo. Nascida em Marília e criada em Sarutaiá, ambas cidades do interior de São Paulo, aos treze anos, descobriu ser uma mulher transexual, logo assumindo sua real identidade, o que a fez enfrentar a transfobia, a misoginia e o preconceito social. Ao longo de sua carreira, atuou na peça Salomé, em filmes como O Amor Que Não Ousa Dizer Seu Nome, Nome Provisório e Horácio. Em 2012, protagonizou o documentário Além das Sete Cores, escrito e dirigido por Camila Biau e em 2018, recebeu o prêmio de Melhor Atriz no 2º Festival de Cinema de Paranoá, por seu papel no curta Nome Provisório, dirigido por Bruno Arrivabene e Victor Allencar, fez também nesse ano, a sua estreia na televisão interpretando Babete na série Rua Augusta, exibida na TNT. Em 2017, durante uma entrevista ao programa Liberdade de Gênero, exibido no GNT, revelou que sofreu muito machismo e humilhações por ser criada em uma cidade pequena e conservadora, e que só se vestia ‘como mulher’ à noite quando saía escondida para algum evento. Começou a se depilar escondida, com apenas dez anos, e aos vinte, já trabalhando em peças de teatro, pôde colocar silicone e iniciou o processo de terapia hormonal. Em 2009, realizou sua cirurgia de redesignação sexual e retificou todos os seus documentos para o gênero feminino. Durante sua passagem pelo ensino superior foi figura atuante ao militar em manifestações em prol do feminismo e dos direitos da população LGBTQIAP.

Bárbara Bruno estreou no teatro, em 1974, sob a direção de Antunes Filho na montagem de Tome Conta de Amelie, de Georges Feydeau. A partir de então, atuou em diversos espetáculos como: O Efeito dos Raios Gama, Sobre as Margaridas do Campo (1974), A Cidadela do Petróleo (1976), Mãos ao Alto em São Paulo! (1980), Meu Anjo (1981), A Margem da Vida (1988), Laços Eternos (1993), O Martelo (1999), Crimes Delicados (2000), Sábado, Domingo e Segunda ( 2003), Motel Paradiso (2007) . Entre os destaques de sua trajetória nos palcos, estão espetáculos como “Pequenos Assassinatos”, “A Atriz”, “A Vida Passou por Aqui” e “A Filha da Mãe”, além de sua atuação em grandes musicais, como “Gota D’Água” e “O Beijo no Asfalto”. Além do teatro, Bárbara Bruno também teve participações em novelas e séries televisivas. Ela atuou em produções como “O Salvador da Pátria” (1989), “As Filhas da Mãe” (2001), “América” (2005) e “Sangue Bom” (2013), entre outras. Ao longo de sua carreira, Bárbara Bruno recebeu reconhecimento e prêmios por sua atuação no teatro, contribuindo para enriquecer o cenário cultural brasileiro. Sua dedicação e talento a tornaram uma referência na área, sendo admirada tanto pelo público quanto pela crítica especializado

Augusto Zacchi nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1977. Formou-se em Artes Cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e estreou no espetáculo “Um Homem Chamado Shakespeare”, com texto e direção de Bárbara Heliodora, 1999. Na televisão, esteve recentemente no elenco de “Desejos S.A.” (Starplus); “Reis” (1ª temporada – Rede Record) e “Genesis” (Rede Record). No cinema, destaques para “Evidências do Amor” de Pedro Antônio; “Paredes de Papel” de Marco Schiavon e “Mentiras Sinceras” de Pedro Asberg. No teatro, atuou em “O Despertar da Primavera”, de Steven Sater, baseado na obra de Frank Wedekind – Direção: Charles Moeller e Claudio Botelho; “Van Gogh, por Gauguin”, de Thelma Guedes – Direção: Roberto Lage e “Gata em Telhado de Zinco Quente”, de Tennessee Williams – Direção: Eduardo Tolentino de Araújo/Grupo TAPA (Indicado aos Prêmios Botequim Cultural e Cenym na categoria de melhor ator). Dirigiu o espetáculo “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos; com Carol Cashi e Cesar Baccan; Teatro Aliança Francesa- SP

Rony Guilherme Deus, mineiro, de Belo Horizonte, na década de oitenta iniciou sua carreira como ator, em São Paulo, passou por várias companhias renomadas como: TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, Grupo TREP – Teatro de Repertório (Antônio Abujamra). No audiovisual, como diretor e roteirista destacamos: As4Estações (Série para TV e Longa) que tem no elenco: Zezé Motta, Gracindo Jr., Vannessa Gerbelli, Roberto Cordovani, Rally – Paixão e Fúria no Sertão do Brasil (Longa Metragem), que tem no elenco: Jarbas Homem de Mello, Adriana Lessa, Cacau Melo Igor Cotrim, Bárbara Bruno, Marcelo Jeneci e Walter Breda, Sex Scandal and Chocolates (Longa Metragem), que tem no elenco: Alexandre Rodrigues, Isabelle Restum, Camilla Ferrazzano e Marcelo Airoldi, O anjo nu, A trajetória de um Campeão (Longa Metragem), que tem no elenco: Jofre Soares, Osmar Santos, Patrícia Alonso, Flávio Guarnieri e grande elenco. filmes de curta-metragem “Aperte o Play” , “A vida por um fio”, “UTI Juntos” , “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Castellamare”. No teatro Dirigiu mais de 30 peças relevantes para cultura nacional, segundo a crítica especializada, das quais destacamos: Em Nome do Filho, (Texto de Reginaldo Faria), Lira dos Vinte Anos, Memórias de um Sargento de Milícias, A Ovelha Negra, Laços Eternos, Restos o Que São Restos, Dom Casmurro – O Julgamento, Peter Pan em uma Aventura no Circo, Passarim, as Peripécias de um Sabiá Apaixonado por Luiza, Um Punhado de Letras Para Enfeitar os Cabelos de Tati, Shakespeare Apaixonado pra Cachorro, O Mundo magico de Oz.




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