Aberto de tênis dos EUA homenageia primeiro tenista declaradamente gay

O Aberto dos Estados Unidos fez um gesto significativo sobre a diversidade no último dia 31. Antes da partida de segunda rodada de Carlos Alcaraz, os organizadores interromperam a ação para homenagear Brian Vahaly, que se tornou o primeiro jogador masculino do top 100 a se declarar publicamente como gay.

Vahaly, atualmente o primeiro vice-presidente da Associação de Tênis dos Estados Unidos, participou do evento com seu marido e seus dois gêmeos, tornando o momento ainda mais especial. Alcaraz, além de ser o atual campeão de Wimbledon, ostenta o título de número 1 do mundo no tênis masculino.

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Brian Vahaly, que tem 44 anos, compartilhou publicamente sua orientação sexual pela primeira vez em uma entrevista à Sports Illustrated em 2017. Agora, ele atua como um investidor de capital de risco e revelou que só conseguiu abraçar plenamente sua identidade gay após sua aposentadoria do tênis.

“Foi só depois de deixar o esporte que realmente tive que fazer as pazes comigo mesmo, entender quem sou como pessoa, para onde estou indo e encontrar a felicidade. Tive que aceitar minha sexualidade, o que não foi fácil, especialmente vindo de um ambiente esportivo”, afirmou Vahaly.

Ele também comentou sobre o desafio de sua jornada: “Foi um longo processo de aprendizado, mas estou feliz por estar do outro lado agora… O novo normal é empolgante e incrível, mas foi uma superação difícil.”

Vahaly alcançou a posição 64 no ranking mundial em 2003, um ano em que derrotou três dos dez melhores jogadores, incluindo o então número 1 do mundo. Infelizmente, uma lesão no manguito rotador abreviou sua carreira, e ele passou por três cirurgias ao longo do tempo.

No entanto, essa lesão devastadora também lhe deu a oportunidade de se afastar e refletir sobre sua vida. Ele compartilhou suas experiências, observando: “Eu simplesmente não me sentia seguro ou incluído no mundo do esporte, especificamente no tênis, que era um ambiente muito conservador. Quando parei de jogar, afastei-me um pouco dos meus amigos, do mundo do tênis e até da minha família. Foi uma maneira de me conhecer melhor e descobrir o que eu queria. Foi um processo de autoexploração, com certeza, e naquela época eu não achava que o tênis fosse um ambiente seguro o suficiente para fazer isso.”

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