Ativista LGBT é condenada a pagar uma multa por “propaganda homossexual”

A ativista postou uma foto de duas bonecas andando de mãos dadas.

Na Rússia, a artista e ativista LGBT Julia Tsvetkova, de 27 anos, foi condenada pela justiça a pagar uma multa no valor de 75.000 rublos (cerca de R$ 5.000) por ter feito “propaganda homossexual” ao postar em suas redes sociais desenhos que mostravam duas bonecas russas apaixonadas, andando de mãos dadas, sob um arco-íris.

Ativista LGBT é condenada a pagar uma multa por "propaganda homossexual"
Yulia Tsvetkova – Reprodução

A condenação foi feita por um tribunal em Komsomolsk, em Amur, no Extremo-Oriente.  Além deste episódio, ela também foi processada em 2019 sob o argumento de “difusão de pornografia” ao exibir desenhos e esculturas que representavam vaginas. Até março de 2020, ela estava em prisão domiciliar.

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A ativista LGBT também está sendo perseguida por mostrar desenhos com duas famílias homossexuais sorridentes com seus filhos e com a mensagem “Família é onde o amor está”. Com informações de Correio Braziliense.

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O país é considerado um dos mais opressores relacionados a homossexualidade, com pesquisas apontando que a maioria dos russos são contrário a leis de proteção para os LGBTs. Além disso, em 2013 entrou em vigor uma lei federal que criminaliza a distribuição de materiais entre menores em apoio a relações sexuais “não tradicionais” como uma emenda a uma lei de proteção à criança.

A lei resultou em inúmeras detenções de cidadãos LGBT russos e muitos ataques homofóbicos são baseados na lei. Além disso, a legislação recebeu várias críticas internacionais e os ativistas do país encaram como um modo de recriminalizar as pessoas LGBT.

“Este é um passo em direção à Idade Média” – disse a historiadora russa e ativista de direitos humanos Lyudmila Alexeyeva.

Já em janeiro de 2016, a Duma Federal rejeitou uma proposta do Partido Comunista da Federação Russa para punir as pessoas que “expressam a homossexualidade” com multas e prisões.

Vale dizer que a homossexualidade era considerada um crime no país até 1993 e deixou de ser classificada como doença mental por eles apenas em 1999.

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