Adultos LGBT têm maior risco de doenças cardíacas e não estão se prevenindo

Estudo inédito norte-americano descobriu que adultos LGBT correm um risco maior de doenças cardíacas, mas tomam menos remédios que os não-LGBT

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Um estudo recente descobriu que os adultos LGBT têm menos probabilidade do que os adultos não-LGBT de tomar remédios que previnem doenças cardíacas, reporta o LGBTQ Nation.

O estudo, publicado esta semana no Journal of the American Heart Association (AHA), pesquisou 1.531 pessoas com 40 anos ou mais. Ele descobriu que menos de 21% dos adultos LGB tomavam remédios para baixar o colesterol, conhecidos como “estatinas” , em comparação com cerca de 44 por cento daqueles que não se identificaram como LGBT.

Os dados deste estudo inédito são especialmente importantes, devido ao fato de que a AHA descobriu que os adultos LGBT já correm um risco maior de doenças cardíacas, de acordo com a American Heart Association.

Reprodução

Esse risco aumentado vem dos estressores adicionais que as pessoas LGBT experimentam ao longo de suas vidas, bem como do fato de que as pessoas LGBT são mais propensas a beber álcool, fumar, usar drogas ou lidar com a obesidade.

O estudo também descobriu, no entanto, que não havia diferença no uso de estatinas entre adultos LGBT e adultos não-LGBT que já tinham doenças cardíacas.

Um dos autores do estudo, Yi Guo, disse que há uma série de explicações possíveis para a disparidade entre o uso preventivo de estatinas, incluindo o fato de que as pessoas LGBT podem não visitar o médico com tanta frequência quanto as pessoas não-LGBT. Isso significa que os médicos não têm tantas oportunidades de recomendar estatinas para a população LGBT.

Guo também enfatizou uma “necessidade urgente de intervenções e campanhas personalizadas” que promovam a conscientização da comunidade LGBT sobre a importância das estatinas e da saúde cardiovascular em geral.

Outro autor do estudo, Jiang Bian, disse que é importante para os profissionais de saúde “abordar seus próprios preconceitos e compreender as complexidades dos pacientes LGB, certificando-se de fornecer recomendações orientadas por diretrizes de uma forma culturalmente competente”.




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