A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) criará a Secretaria da Diversidade, responsável pelo combate ao racismo, à homofobia e a outros tipos de discriminação no futebol.
De acordo com as informações publicadas pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, toda vez que um árbitro registrar a ocorrência de preconceito em campo ou na arquibancada, uma cópia da súmula irá para o Ministério Público (MP).
A intenção é que o órgão seja implantado na CBF a partir do segundo semestre deste ano. A ideia da Secretaria da Diversidade partiu de Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade máxima do futebol no Brasil.
Camisa 24
Em 2021, a CBF respondeu à Justiça do Rio de Janeiro a razão pela qual a seleção brasileira nunca ter usado o número 24 para identificar seus jogadores, cumprindo uma exigência feita pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível, que chegou a fixar uma multa diária de R$ 800 caso não houvesse resposta.
Na ocasião, a Confederação alegou que a “numeração utilizada pelos atletas tem relações com questões desportivas apenas” e que o “regulamento inicial da Conmebol Copa América 2021 (‘Competição’) determinava que apenas 23 jogadores poderiam ser inscritos”.
A defesa também ressaltou que está “comprometida não apenas em gerir o futebol de forma a promover o desenvolvimento social e a redução de desigualdades econômicas e regionais, como também com o repúdio ao racismo, à xenofobia e a quaisquer outras formas de discriminação e intolerância social, política, sexual, religiosa e socioeconômica”.
Após a polêmica, em novembro de 2022, a CBF confirmou que um dos jogadores da Seleção Brasileira iria utilizar a camisa de número 24 na Copa do Mundo no Catar. A decisão de utilizar o número 24 nesta Copa do Mundo veio do novo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues que, após eleito, prometeu uma gestão pautada no fim do preconceito.