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Marcelo Crivella (Republicanos), que ocupava o cargo de prefeito na cidade do Rio de Janeiro, foi preso nesta terça-feira, 22, suspeito de comandar uma organização criminosa. Na denúncia do Ministério Público, promotores indicaram 24 pontos que ligam o prefeito à investigação de um “QG da Propina” na Prefeitura do Rio, onde empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela gestão municipal.
A denúncia revela, entre muitos fatos, um suposto esquema bilionário de lavagem de dinheiro na Igreja Universal do Reino de Deus, que teve uma circulação atípica de quase R$ 6 bilhões entre maio de 2018 e abril de 2019.
Com apoio de Bolsonaro, o bispo tentou se reeleger ao cargo de prefeito e acabou sendo derrotado por Eduardo Paes (Democratas). Em debate durante a última candidatura, Crivella chegou a dizer que Paes seria preso e que tinha intenções de tornar o Rio a “capital mundial do turismo gay”.
Crivella atacou diversas vezes a comunidade LGBT+ durante sua gestão, inclusive tentando censurar um livro em quadrinhos da Marvel na Bienal do Rio de 2019 por apresentar dois personagens homens se beijando.
REPERCURSÃO
Na internet, o portal satírico Sensacionalista fez uma série de deboches sobre a prisão de Marcelo Crivella. Confira alguns:
Em novembro, a Rede Globo expôs funcionários pagos com dinheiro públicos que iam para a porta de hospitais coagir cidadãos e o trabalho de jornalistas. Eles se autodominavam como “Guardiões do Crivella” e mantinham um grupo do Whatsapp com o mesmo nome.
[…] O decreto foi assinado por Jorge Felippe, prefeito interino do Rio, já que Crivella foi afastado do cargo e preso no último dia 22. […]