Morre travesti “Maravilhosa”, que ficou famosa ao desfilar em reportagem

Ela estava internada com tuberculose e pneumonia e apresentou complicações da covid-19

A travesti “Maravilhosa” (23), que ficou famosa nacionalmente quando desfilou atrás de uma repórter que gravava uma reportagem na cidade de Porto Velho (RO), morreu no último dia 4 de fevereiro.

Maravilhosa estava internada no Centro de Medicina Tropical de Rondônia – Cemetron e fazia um tratamento para tuberculose e pneumonia. Nos últimos dias, apresentou complicações da covid-19 e veio a óbito

Segundo informações do Rol News, “Maravilhosa” estava vivendo em situação de rua. Já a reportagem que a deixou famosa estava sendo feita para a TV Allamanda, afiliada do SBT. Não há informações sobre o velório.

Morre travesti "Maravilhosa" que virou meme em todo o Brasil
Reprodução

Filme sobre primeira trans no exército estreia gratuitamente no streaming

Maria Luiza é um documentário que explora a história da mulher trans homônima que foi cabo da FAB durante 22 anos e foi aposentada por invalidez após assumir sua condição de transgênero. A estreia será no Canal Brasil no dia 4 de fevereiro às 19:10 e também em diversas plataformas de streaming, que pode ser acessadas a partir deste link aqui.

Dirigido por Marcelo Díaz, o longa explora os conflitos, desilusões e conquistas da cabo em seu processo de busca de identidade como mulher trans e também investiga as razões pelas quais Maria Luiza foi impedida de continuar a exercer sua atividade militar como mecânica de aviação e realizar seu sonho: vestir a farda feminina.

Díaz comenta que se interessou pela história de Maria Luíza através de uma reportagem do jornal Correio Braziliense. “Há quase dez ano, Maria Luiza me recebeu em seu apartamento no Cruzeiro, cidade-satélite de Brasília, de forma muito afetuosa. Ficamos horas conversando. Fiquei extremamente impactado pela história que ela me contou, desde sua vida pregressa em Ceres, interior de Goiás, seu sonho em trabalhar com aviação na FAB, até sua luta por continuar na Aeronáutica, como mulher trans, passando pelos bastidores da vida militar, o casamento, a filha e o processo de mudança de gênero”, ele explica.

Maria Luiza nunca se reconheceu como uma figura masculina. Nasceu em Ceres (GO) em 20 de julho de 1960. Curiosamente era o dia de Santos Dummont, patrono da aviação brasileira. Quando completou 18 anos prestou o serviço militar e entrou para a FAB, onde trabalhou durante 22 anos como cabo.

Enquanto servia na área de mecânica de aeronaves na Base Aérea de Brasília, revelou seu desejo pela mudança de sexo. Após muitas passagens por médicos e psicólogos da Aeronáutica, em 1998 recebeu o diagnóstico de transexual e em 2000 o comando decidiu que ela deveria se aposentar com a metade do soldo que recebia na época.

Reprodução

Pediu ajuda ao Ministério Público e deu início a um longo processo pelo reconhecimento de sua identidade como mulher trans. Em 2005 ela fez a cirurgia de transgenitalização e em 2007 corrigiu gênero e nome nos documentos civis. Apenas um ano depois foi emitida sua nova identidade militar como Cabo Maria Luiza, fato sem precedentes no país

Além da habitual dificuldade para levantar financiamento para produzir o filme, outro grande desafio encontrado ao longo de todo o processo foi acessar o universo militar onde Maria Luiza viveu ao longo desses 22 anos de serviço. “Um grande sonho de Maria Luiza era vestir a farda feminina e eu queria muito registrar isso de alguma forma. Mas a realidade às vezes é mais dura. Maria Luiza não pode voltar à ativa e usar a farda feminina”, complementa o diretor.

Maria Luiza” teve estreia nacional nos cinemas em 19 de novembro de 2020, foi realizado com recursos do FAC (Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal) e é distribuído no Brasil pela Olhar Distribuição.

DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS STREAMING – Estreia 04/12/2020
http://olhardistrib.com.br/marialuiza/




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