Prefeitura de SP cria cadastro para identificar necessidades de LGBTQIA+, após Bolsonaro excluir perguntas do Censo 2022

As informações colhidas vão contribuir na criação de uma base de dados para o desenvolvimento de políticas públicas no âmbito estadual e nacional

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, lançará a plataforma Cadastro Municipal LGBTI+, em março, para ajudar a mapear os membros que vivem na capital paulista.

O cadastro poderá ser preenchido de modo voluntário. A ideia é que o sistema seja útil para identificar necessidades das pessoas LGBTQIA+, já que o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de GeogEnrafia e Estatística) não incluiu perguntas que identifiquem essa população.

Além disso, a Prefeitura de São Paulo também ampliou o número de vagas oferecidas pelo Programa Transcidadania, de 240 para 510. O programa oferece uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.272,60 para a progressão escolar de pessoas trans, oficinas de capacitação e assistência social e psicológica. Neste sábado (29), é celebrado o Dia da Visibilidade Trans.

Relatório aponta que 52% dos LGBTI+ brasileiros saíram do armário

No Brasil, há levantamentos sobre homicídios de pessoas LGBTI+ e estimativas sobre a representação de transexuais na prostituição. Contudo, não existem pesquisas que tracem o perfil da comunidade LGBTI+ do país. Buscando contribuir com a produção de conhecimento científico no país, a startup sem fins lucrativos, TODXS Brasil, lança a primeira parte da Pesquisa Nacional por Amostra da População LGBTI+.

O relatório apresenta dados com foco nas condições socioeconômicas e demográficas da população LGBTI+. Por meio de um questionário online, mais de 15 mil internautas informaram a faixa etária, a identidade étnico-racial, a identidade de gênero, a sexualidade, religião, nível educacional, estado civil, domicílio e se possuem algum tipo de deficiência.

De acordo com o relatório, demograficamente, a população LGBTI+  está concentrada na região Sudeste, com 42,68%, seguido da região Nordeste com 24,91%, Centro-Oeste com 13,45%, Norte com 10,58% e, finalmente, a região Sul com 8,38%.

Além disso, a pesquisa dimensiona se os participantes contaram sobre a identidade de gênero ou sexualidade para pessoas próximas. A partir das respostas, constata-se que 52,06% de respondentes são publicamente LGBTI+, 19,66% contaram somente para familiares e amigos, 18,11% apenas para pessoas amigas e 8,08% somente revelou entre amigos e colegas de trabalho. Enquanto, 1,41% dos respondentes não contou para ninguém, 0,48% contou somente para família e 0,20% somente para colegas de trabalho.




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