Outro paciente portador de HIV é curado com transplante de células-tronco

O paciente curado optou por permanecer anônimo e os cientistas se referem a ele apenas como o "paciente de Londres".

Pela segunda vez, desde o início da epidemia global, um paciente parece ter sido curado da infecção pelo HIV, o vírus que causa a AIDS.

A notícia chega quase 12 anos depois do primeiro paciente comprovadamente curado, um feito que os pesquisadores há muito tentaram e falharam em duplicar. A surpresa do novo diagnóstico agora confirma que a cura para a infecção pelo HIV é possível – mas é difícil, dizem os pesquisadores.

Os investigadores devem publicar o relatório nesta terça-feira na revista Nature e apresentar alguns dos detalhes na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Seattle.

Em entrevistas, a maioria dos especialistas está chamando de “cura”, com a ressalva de que é difícil saber como definir a palavra quando há apenas duas instâncias conhecidas. Ambos os marcos resultaram de transplantes de medula óssea dados a pacientes infectados. Mas os transplantes foram destinados inicialmente para tratar o câncer nos pacientes, não o HIV.

O transplante de medula óssea é improvável que seja uma opção de tratamento realista no futuro próximo. Drogas poderosas estão agora disponíveis para controlar a infecção pelo HIV, enquanto os transplantes são arriscados, com efeitos colaterais severos que podem durar anos.

Mas rearmar o corpo com células imunes modificadas de forma semelhante para resistir ao HIV pode ter sucesso como um tratamento prático , disseram especialistas. “Isso vai inspirar as pessoas que a cura não é apenas um sonho”, disse Annemarie Wensing, virologista do Centro Médico da Universidade de Utrecht, na Holanda. “É alcançável.”
Dr. Wensing, co-líder do IciStem, juntamente com uma equipe de cientistas europeus,  estudam transplantes de células-tronco para tratar a infecção pelo HIV, apoiado pela AMFAR, a organização americana de pesquisa sobre a AIDS.

O paciente curado optou por permanecer anônimo e os cientistas se referem a ele apenas como o “paciente de Londres”.

“Sinto-me responsável por ajudar os médicos a entender como isso aconteceu para que eles possam desenvolver a ciência”, disse ele ao The New York Times em um e-mail. “Eu nunca pensei que haveria uma cura durante a minha vida.”

PRIMEIRO CASO DE CURA

Em 2007, um médico alemão descreveu a primeira dessas curas no “paciente de Berlim”, mais tarde identificado como Timothy Ray Brown, 52 anos, que agora mora em Palm Springs, Califórnia.

A notícia, exibida em um cartaz na parte de trás de uma sala de conferências, inicialmente ganhou pouca atenção. Quando ficou claro que Brown estava curado, os cientistas tentaram duplicar seu resultado com outros pacientes com câncer infectados pelo HIV.

Em cada caso, o vírus voltava com força, muitas vezes cerca de nove meses depois que os pacientes pararam de tomar medicamentos antirretrovirais – ou então os pacientes morreram de câncer. Os fracassos deixaram os cientistas imaginando se a cura de Brown continuaria sendo um acaso.

O Sr. Brown teve leucemia e, após a quimioterapia não ter conseguido impedir, precisou de dois transplantes de medula óssea.




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