Três décadas de combate ao HIV no mundo

Atualmente, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o HIV no Brasil

Há mais de 30 anos, o dia 1° de dezembro foi decretado como o dia Mundial de Combate ao HIV/Aids. A data foi estipulada em 1988, cinco anos após a descoberta do HIV, quando mais de 65 mil pessoas já haviam contraído e sido diagnosticadas com o vírus, e mais de 38 mil pessoas infectadas já haviam falecido.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado em 2018 pela Unaids, a agência da ONU especializada na epidemia, nos últimos oito anos, houve um aumento considerável no número de pessoas infectadas pelo vírus. Atualmente, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o HIV no Brasil.

Mas foi a partir de 2013, que o Governo Federal passou a apoiar e financiar o tratamento para o HIV/Aids em todo o país, independentemente da situação imunológica do paciente. Desde então, havia no país um número de 593 mil pessoas com HIV/Aids em tratamento (dados do relatório de 2018).

Sobre a prevenção no país, campanhas e diversas outras ações tomaram corpo, a fim de conscientizar a população. Dentre elas, a distribuição de preservativos masculinos e femininos, ações de cunho educativo e ampliação do acesso a novas tecnologias, como o “teste rápido” (incluindo fluido oral), profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PreP). A terapia está disponível em 109 serviços de 90 municípios, em 22 estados e no Distrito Federal. Desde a implantação da prevenção, cerca de oito mil pessoas já fizeram uso ao menos uma vez.

Vale ressaltar que, entre os meios de contaminação, as principais vias são relação sexual sem preservativo e o uso comum de seringas ou agulhas, pois permitem um contato direto com as secreções ou sangue de um soropositivo. Além disso, o HIV pode ser transmitido de mãe para filho, durante a gravidez, parto ou amamentação. Mas é possível diminuir o risco de transmissão para o bebê através de um tratamento específico durante a gravidez.

Os primeiros sintomas da infecção pelo HIV aparecem de 3 a 6 semanas após o contágio e incluem: febre alta, dor de garganta e tosse seca. Esses sintomas duram em média 14 dias e desaparecem completamente após esse período, podendo ser confundidos, muitas vezes, com uma gripe ou até mesmo um simples resfriado. Outros sintomas só aparecem depois de 8 a 10 anos após a contaminação, em decorrência da imunodeficiência e podem ser identificados através de febre persistente, sudorese noturna, emagrecimento sem outra causa aparente, diarreia, tosse seca prolongada, ínguas por mais de 3 meses, além de cansaço, dor de cabeça, dores  nas articulações ou músculos, candidíase oral ou genital persistente. Durante essa fase, podem aparecer infecções oportunistas como: tuberculose, pneumonia, meningite por fungos, toxoplasmose do sistema nervoso central, infecção generalizada por citomegalovírus, além de neoplasias, que podem levar ao óbito.

Por isso, é extremamente importante prevenir a contaminação pelo HIV, além de realizar o diagnóstico precoce, para que haja tempo hábil de tratamento e prevenção das complicações oportunistas.  O exame é gratuito nas unidades do SUS, postos de saúde, campanhas do governo, em centros de testagem e aconselhamento. Hoje em dia, também é possível comprar o teste em farmácia e fazer na sua própria casa.

Aids ainda não tem cura, e apesar de ser possível conviver com ela e manter-se bem com a adesão ao tratamento, a prevenção sem dúvida é essencial. Portanto, se previna, use camisinha, e se teste, é de graça, é rápido.

Felipe Pontes – Jornalista




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