‘A gente lutava pelo direito de se prostituir, porque era o único trabalho que tínhamos’, conta Indianarae Siqueira

Em uma conversa franca no podcast "Acompanhadas", a ativista Indianarae Siqueira discutiu a complexidade da prostituição na vida das pessoas trans

A realidade enfrentada pela comunidade trans no Brasil é marcada por desafios significativos, que vão desde a busca por aceitação social até a luta por oportunidades de trabalho e direitos básicos. Em uma revelação impactante no podcast “Acompanhadas”, patrocinado pelo Fatal Model, a ativista Indianarae Siqueira compartilhou uma perspectiva provocativa sobre como a prostituição desempenhou um papel crucial em sua sobrevivência e na de muitas outras pessoas trans: “A prostituição salvou minha vida”.

Indianarae, presidente do grupo Transrevolução, iniciou sua jornada de transição de gênero aos oito anos de idade através do uso de hormônios. Encontrou no ativismo uma forma de vida, dedicando-se à defesa dos direitos e do bem-estar da comunidade trans. “A gente lutava pelo direito de se prostituir, porque esse era o único trabalho que tínhamos”, ressaltou. Esta declaração não apenas destaca a marginalização enfrentada pela comunidade, mas também a resiliência e a capacidade de encontrar saídas em meio à adversidade.

Indianarae Siqueira - Reprodução/Instagram
Indianarae Siqueira – Reprodução/Instagram

O contexto brasileiro, onde cerca de quatro milhões de pessoas são identificadas como transgêneros ou não binárias, reflete um cenário de transformação e busca por reconhecimento. O aumento de 70% nos registros de mudança de nome e gênero entre 2021 e 2022, conforme dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), sinaliza um movimento crescente pela afirmação da identidade trans no país.

A fundação da CasaNem, um espaço de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade, e do PreparaNem, um programa de preparação para o ENEM, são exemplos do comprometimento de Indianarae com o avanço da comunidade trans. Suas iniciativas vão além do ativismo, promovendo educação, inclusão e suporte.

A experiência de vida de Indianarae inclui também um período de detenção na França, um episódio que ela descreve com uma visão surpreendentemente positiva, vendo a prisão como um lugar de liberdade comparado à opressão vivida fora das grades. Essa perspectiva sublinha a complexidade das experiências trans, onde a liberdade pode ser encontrada nos lugares mais inesperados.

Assista ao episódio na íntegra:

Junte-se à nossa comunidade

Mais de 20 milhões de homens gays e bissexuais no mundo inteiro usam o aplicativo SCRUFF para fazer amizades e marcar encontros. Saiba quais são melhores festas, festivais, eventos e paradas LGBTQIA+ na aba "Explorar" do app. Seja um embaixador do SCRUFF Venture e ajude com dicas os visitantes da sua cidade. E sim, desfrute de mais de 30 recursos extras com o SCRUFF Pro. Faça download gratuito do SCRUFF aqui.

NO COMMENTS

ComenteCancel reply

Discover more from GAY BLOG BR @gayblogbr

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Exit mobile version