Justiça obriga Forças Armadas a reintegrar militar trans afastada desde 2015

Após informar sobre sua transição de gênero, Allanis Costa foi colocada compulsoriamente de licença médica

De acordo com uma decisão proferida pela 1ª Vara Federal de Magé (RJ), nesta última terça-feira (5), as Forças Armadas foram obrigadas a readmitir a militar transexual Allanis Costa afastada do serviço em 2015, desde que comunicou a seus superiores sobre a transição de gênero. A profissional foi enviada para a reserva pelo mesmo motivo. Tudo de forma ilegal, segundo o Judiciário. As informações são do site O Globo.

(Foto: Reprodução)

A cabo deverá ser aceita de volta em suas funções de operadora de sonar (instrumento marítimo) exercidas junto à Marinha. Caso as Forças Armadas descumpram essa decisão, deverá ser paga uma pena diária no valor de R$ 5 mil. A determinação é da juíza Ana Carolina de Carvalho.

Allanis ingressou na Marinha em 2010. Promovida a cabo, até o ano de 2015 ela seguiu usando roupas e nome masculino. Após informar sobre sua transição de gênero, foi colocada de maneira compulsória de licença médica. Há seis anos, ela segue afastada de suas funções.

De acordo com O Globo, a aposentadoria que Alanis recebia deverá ser revertida, uma vez que esteve atrelada a razões médicas associadas à sua transexualidade, que deixou de ser considerada uma patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018. A cabo também deverá ter assegurado o direito de alçar novas posições na carreira militar, rumo ao cargo de sargento, se estiver apta para a função.

A juíza também acolheu outros pedidos da defesa da militar, representada pela advogada trans Maria Eduarda Aguiar da Silva. Desse modo, Alanis deverá ser devidamente identificada com o nome social, o que havia sido negado pela Marinha até então. A cabo também terá o direito de trabalhar com corte de cabelo e uniforme femininos, além de usar maquiagem. A decisão ainda cabe recurso.

Ao G1, a advogada de Alanis disse: “A marinha colocou ela de licença e seguiu renovando. Quando chegou a dois anos de licença médica sem ter alta, a Marinha acabou reformando, só que ela foi reformada por pura discriminação, sem que ela tivesse doença nenhuma. Alegaram que ela tinha doença mental, mas ser transexual não é considerado doença mental. Houve ilegalidade tanto em colocá-la de licença, quanto na reforma”.




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