“Ficar pensando em sexo é melhor do que ter pensamentos negativos”, pondera ator pornô Romeo Davis

Ele está por todos os lados. Se você acompanha a cena pornô, já deve ter se deparado com uma cena ou outra de Romeo Davis, um canadense quarentão que todo mundo quer na cama – e fora dela também, porque as cenas dele são tudo, menos convencionais. 

Romeo estreou no pornô em 2019, foi indicado para um prêmio do pornô gay (GayVN) e já filmou para gigantes como a Treasure Island, Raging Stallion, SayUncle, RawFuckClub e com estrelas como Drew Dixon, Alex Roman e outros – com Dixon, inclusive, ele mantém uma grande amizade. 

A coluna Inside Porn conversou com o ator, direto de Montreal. 

Como você está lidando com a pandemia da Covid19 e como ela afetou seu trabalho?

Tudo acontece por uma razão. Acho que agora, mais do que nunca, é o momento certo para todos refletirem sobre suas vidas e ver o que podemos fazer para torná-la melhor. Não tem outro jeito senão enfrentar a pandemia e tentar tirar o melhor proveito de uma situação horrível como essa, mantendo-se forte e saudável. Meus projetos foram todos suspensos por enquanto, mas tenho voltado a filmar aos poucos, sobretudo para as minhas próprias plataformas. A sorte é que, quando a pandemia estourou em 2020, eu tinha muito conteúdo inédito já gravado. 

Como tem sido sua rotina?

Bem, tenho dormido até tarde e assistido um pouco de TV. Felizmente para mim, posso trabalhar muito de casa. Tenho sorte de ter muito conteúdo filmado. Tenho uma pequena academia montada em minha casa que me permitiu manter o que já possuo em termos corporais. Eu saio para uma corrida matinal perto da hora do almoço. 

O que mais te atrai em alguém?

Acho que um sorriso bonito é provavelmente o que mais me excita. E também pelos no sovaco (risos). Um grande senso de humor e uma bunda gostosa estão em segundo lugar. Acho que os caras se empolgam comigo em cena porque sou rude, áspero e dominante. É claro que ser dotado também ajuda, mas não é tudo. Quero que as pessoas sintam que estou nos filmes porque eu gosto, não porque ganhei dinheiro para fazê-los. 

Todo mundo tem conta pra pagar, não é? 

Sim (risos). E é um negócio pra mim, mas o faço principalmente porque adoro. E, acredite, não é apenas pelo dinheiro.

Já vimos cenas suas de todos os tipos, de um cara completamente dominado a esse predador insano. O que mudou desde sua primeira cena até o Romeo de hoje?

Eu acho que sou o que posso como dominador. Normalmente não sou muito passivo no meu dia a dia, mas gosto de pegar um pau enorme de vez em quando. Há também o fato de que os estúdios, sem dúvida, preferem me ver na figura do ativo. É para isso que me contratam. Eu sou bom nesse negócio. Chego, executo o que o diretor quer, e pronto.

E o público que te assiste encontra nos filmes um alento para essa crise?

Acho que a indústria pornográfica é muito importante agora, mais do que nunca, eu diria. Ela leva algum entretenimento muito necessário nestes tempos difíceis. Também ajuda a afastar as pessoas dos pensamentos negativos e cria uma saída para muita tensão – acho que ficar pensando em putaria é melhor do que ter pensamentos negativos.

É verdade que você é o louco da jockstrap?

Sim, tenho mais de 50 em casa. Algumas vocês já viram nos filmes (risos). 

Que mensagem você enviaria aos fãs?

A melhor mensagem que posso passar agora é de persistência. Tudo vai ficar melhor. Este é um ajuste enorme para todos, mas em algum momento veremos a luz no fim do túnel. 

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