A Polícia Civil do Rio de Janeiro diz ter identificado um dos suspeitos de aplicar o golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela” contra o empresário canadense Cameron Golinsky, de 35 anos, na Zona Sul da cidade. O caso ocorreu em Ipanema, no dia 26 de outubro, e está sendo investigado pela 12ª DP (Copacabana).

De acordo com relato público feito por Golinsky nas redes sociais, ele conheceu dois homens em um bar e aceitou uma cerveja oferecida por eles. Após ingerir a bebida, perdeu a consciência e só recobrou os sentidos dois dias depois, em 28 de outubro, nu, desorientado e com sinais de agressão. A vítima afirma ter sofrido um prejuízo financeiro de R$ 16 mil e relatou suspeita de abuso sexual.
“Experiência mais traumática da minha vida”, escreveu o canadense ao descrever o episódio.

Imagens de câmeras de segurança próximas ao local ajudaram a polícia na identificação de um dos autores. O empresário foi submetido a exame de corpo de delito e será ouvido novamente para aprofundamento das investigações. “Vamos ouvi-lo novamente e aprofundar a investigação”, afirmou o delegado.
Até o momento, não há informações sobre a prisão do suspeito identificado, mas a polícia já prepara um novo pedido de mandado judicial relacionado ao caso mais recente.

O que é o golpe do ‘Boa noite, Cinderela’ e como ele costuma ser aplicado
O golpe popularmente conhecido como “Boa noite, Cinderela” é uma prática criminosa que consiste na administração de substâncias químicas em bebidas ou alimentos para dopar a vítima. O objetivo principal dos agressores é deixá-la inconsciente ou sem plena capacidade de discernimento, facilitando roubos, furtos e, em alguns casos, abusos sexuais ou violações de privacidade digital.
As substâncias utilizadas variam, mas entre as mais comuns estão medicamentos ansiolíticos, sedativos e até drogas anestésicas, como benzodiazepínicos (ex.: clonazepam e diazepam), cetamina ou escopolamina. Essas substâncias agem rapidamente no organismo e, combinadas com álcool, potencializam seus efeitos, tornando a vítima vulnerável em poucos minutos.
A abordagem geralmente acontece em bares e festas. Criminosos oferecem bebidas ou alimentos à vítima e, após o consumo, ela perde a consciência ou entra em um estado de confusão mental. Durante esse período, os autores do crime costumam invadir contas bancárias, levar cartões, aparelhos eletrônicos e até cometer estupros.
Outro agravante é que, por estarem sob efeito de substâncias com efeitos amnésicos, muitas vítimas não conseguem se lembrar dos detalhes do que ocorreu, o que dificulta a identificação dos autores e a recuperação dos bens roubados.
De acordo com a Polícia Civil, o golpe tem sido recorrente em grandes centros urbanos e áreas turísticas, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Pessoas estrangeiras costumam ser alvos frequentes, especialmente em bairros boêmios.
A recomendação das autoridades é que se evite aceitar bebidas ou alimentos de desconhecidos, que não se perca o contato visual com copos em festas e bares e que se informe familiares ou amigos sobre encontros marcados via aplicativos.
Em caso de suspeita, a orientação é procurar atendimento médico imediato, registrar ocorrência na delegacia e, se possível, fazer exames toxicológicos com urgência, uma vez que os traços de muitas substâncias desaparecem rapidamente do organismo.
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