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O Ministério da Saúde revisou recentemente os critérios para uso da terapia dupla contra o HIV, conforme a Nota Técnica 200/2025. A mudança amplia o acesso ao regime de dose fixa de lamivudina 300 mg + dolutegravir 50 mg para pessoas a partir de 35 anos, antes restrito a quem tinha 40 anos ou mais. O medicamento, desenvolvido pela GSK/ViiV Healthcare e produzido em parceria com Farmanguinhos/Fiocruz, continua disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

HIV: novos critérios ampliam acesso à terapia dupla no SUS
HIV: novos critérios ampliam acesso à terapia dupla no SUS (Foto: reprodução/Freepik)

A terapia dupla utiliza dois antirretrovirais para controlar o HIV e impedir sua replicação. No país, cerca de 850 mil indivíduos utilizam a terapia antirretroviral, e mais de 200 mil já aderiram ao esquema em dose única. A liberação, porém, depende de avaliação clínica e cumprimento de requisitos específicos definidos pelas equipes de saúde.

Entre esses requisitos está a carga viral indetectável. O parâmetro é alcançado quando o exame identifica menos de 50 cópias do vírus por mililitro de sangue. Manter esse nível por, no mínimo, seis meses elimina o risco de transmissão sexual. Por isso, o exame de carga viral deve ser realizado semestralmente para confirmar a supressão e orientar o acompanhamento.

Portanto, para monitorar essa supressão, é essencial realizar frequentemente o exame de carga viral a cada seis meses. O monitoramento constante é a melhor maneira de garantir o sucesso do tratamento e a não-transmissibilidade”, explica Jucival Fernandes, infectologista e gerente médico da GSK/ViiV Healthcare.

A continuidade do tratamento também é determinante para a indicação da terapia dupla. Além da carga viral controlada, é necessário ter adesão regular, ausência de falhas virológicas prévias e avaliação favorável do profissional responsável. A rotina de consultas e o uso correto dos medicamentos sustentam a eficácia do cuidado.

Outro ponto importante é manter exames complementares em dia. A contagem de linfócitos T-CD4+ indica a condição do sistema imunológico e ajuda a identificar vulnerabilidades. Testes para tuberculose, hepatite B e C e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) integram o monitoramento. No caso da hepatite B crônica, a presença da infecção contraindica o regime de dose única.

A vacinação atualizada também compõe o plano de cuidados. A análise do histórico vacinal faz parte da consulta de rotina e contribui para reduzir riscos de infecções que podem afetar a resposta ao tratamento. “Revisar e manter o esquema vacinal atualizado é uma recomendação padrão no acompanhamento clínico”, complementa Fernandes.

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