São Paulo sediou, na última quarta-feira (12), o primeiro “Mutirão de Empregabilidade” voltado exclusivamente para homens e mulheres trans, resultado de uma parceria entre a Coordenação de Políticas para LGBTI+ da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e o Sindicato Paulista de Empresas de Contact Center (Sintelmark).
Com um total de 1.082 vagas disponíveis, o evento reuniu empresas de diversos setores e possibilitou a contratação imediata de muitos participantes. Entre as oportunidades oferecidas estavam cargos como analista de marketing sênior, assistente de ouvidoria, operação de telemarketing, recepcionista, auxiliar de limpeza e supervisão.

A coordenadora de Políticas LGBTI+ da SMDHC, Léo Áquilla, destacou a importância da iniciativa para facilitar o acesso de pessoas trans ao mercado de trabalho. “O Mutirão de Empregabilidade específico para pessoas trans facilita muito a contratação, uma vez que as empresas já sabem que estão contratando tais identidades e elas não precisam ficar explicando quem são”, afirmou. Segundo ela, além de proporcionar empregos com carteira assinada, a ação garante direitos como aposentadoria e convênio médico.
Áquilla classificou o mutirão como um marco para a comunidade trans. “Para nós, pessoas trans, esta importante ação de empregabilidade significa a abertura real do mercado de trabalho”, declarou. Ela também ressaltou que a iniciativa pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade de muitas pessoas trans, que frequentemente encontram na prostituição a única alternativa de sustento.
Empresas presentes no evento também destacaram o impacto do mutirão. Patrícia, representante de uma das oito empresas participantes, ressaltou: “É um projeto incrível, que quebra paradigmas de muitas empresas. São pessoas que enfrentam o preconceito e a discriminação, e tendo essa oportunidade, elas podem mostrar seus talentos, aptidões e qualidades profissionais”.
Vitor Ferreira, superintendente de uma multinacional espanhola presente no evento, reforçou o compromisso da empresa com a inclusão. “A taxa de desemprego no Estado tem diminuído, mas essas pessoas precisam de auxílio, de ajuda, de empregos, de oportunidades e nós, enquanto grupo empresarial, abrimos essas portas para elas”, afirmou.
O presidente do Sintelmark, Luis Crem, compartilhou os resultados de uma pesquisa realizada pelo sindicato em outubro de 2024, que entrevistou 5.267 pessoas, das quais 25% se declararam parte da comunidade LGBTQIA+. “Apesar de termos feito com a Prefeitura outras iniciativas de inclusão para a comunidade, essa é a primeira vez que o setor de telesserviços faz um mutirão exclusivo para pessoas trans”, explicou. Crem estimou que pelo menos 250 pessoas poderiam garantir vagas através do evento.
Entre os participantes, Téo, de 32 anos, compareceu ao mutirão mesmo já estando empregado, pois buscava uma empresa mais inclusiva. “Enquanto trans masculino, acho importante que empresas estejam engajadas para este tipo de causa”, afirmou. Já Jéssica, de 33 anos, saiu do evento otimista após receber retornos positivos de duas empresas. “Ter um trabalho digno é importante para garantir mais segurança no futuro”, comentou.
Vivo destaca talentos trans na empresa e reforça compromisso com inclusão
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