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“Bixa Travesty” (2018) | Crítica

Dos premiados diretores Claudia Priscilla e Kiko Goifman, traz a trajetória da cantora transexual Linn da Quebrada e propõe um mergulho na cena musical trans na periferia

Selecionado para a cerimônia de abertura do 26º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, a exibição de “Bixa Travesty” (2018) vinha acompanhada da expectativa de fãs de Linn da Quebrada e o peso do troféu de Berlim, o Teddy de melhor documentário.

Como o próprio diretor Kiko Goifman fez a gentileza de citar em seu discurso no Festival, a vastidão do aquivo pessoal audiovisual de Linn da Quebrada rendeu boas imagens ao documentário. A articulação da cantora em várias vertentes no projeto lhe rendeu justo crédito na co-direção do filme.

O corpo de Linn da Quebrada é político, desprovido de pudores, sítio de ideias afinadas e, principalmente, seu. A peleia com a sua realidade é tão tesa e intensa que até seu câncer perdeu força de expressão, tornando o hospital cenário de sua arte pós-moderna.

A rádio fictícia foi uma boa saída para evitar o clichê de depoimentos em documentários, dando um controle coeso à narrativa. A ego trip de Linn é válida, pertinente e não cansativa, além de articular bem para todas as esferas sociais, seja de forma educativa, empoderadora, reflexiva ou argumentativa.

Os 75 minutos do filme foram bem dosados com antíteses humanas, enaltecendo uma delicadeza de caráter com forte ataque feminista; sentimentos construídos organicamente com sua progenitora e amigos. E, óbvio, um bom caleidoscópio de seu repertório musical.

Ainda que um eventual telespectador possa sentir falta de storytelling, o documentário é flexionado para seu propósito militante e ainda diverte com pequenos prazeres, como a saga pela luva de Ney Matogrosso.

FICHA TÉCNICA

DIRETORES:  Claudia Priscilla, Kiko Goifman
PAÍS: 
Brasil (SP)
ANO: 2018
DURAÇÃO: 75′
CLASSIFICAÇÃO DE INDICAÇÃO: 16 anos

Elenco: Linn da Quebrada, Jup do Bairro, Liniker, As Bahias e a Cozinha Mineira
Roteiro: Claudia Priscilla, Linn da Quebrada, Kiko Goifman
Fotografia: Karla da Costa
Montagem: Olivia Brenga
Som: Tomás Franco, Confrari/a de Sons & Charutos
Música: Linn da Quebrada
Produção: Evelyn Mab

FILMOGRAFIA DOS DIRETORES:

Claudia Priscilla
2016 A Destruição de Bernardet (codireção com Pedro Marques)
2012 Vestido de Laerte (curta, codireção com Pedro Marques)
2011 Olhe Pra Mim de Novo (codireção com Kiko Goifman)
2010 Leite e Ferro (curta)
2005 Sexo e Claustro (curta)

Kiko Goifman
2013 Periscópio
2011 Olhe Pra Mim de Novo (codireção com Claudia Priscilla)
2008 FilmeFobia
2006 Atos dos Homens
2004 Território Vermelho (curta)
2003 Morte Dense (codireção com Jurandir Müller)
2003 33




REVIEW

REVIEW OVERVIEW

Avaliação

ou seja

Documentário de longa-metragem com a cantora transexual brasileira Linn da Quebrada. Grande expoente na cena musical de São Paulo, dona de uma forte e ousada presença no palco, busca constantemente discutir e quebrar paradigmas e estereótipos. Teddy Award de Melhor Documentário no Festival de Berlim, Melhor Direção no Festival de Cartagena, Melhor Longa do Júri Popular e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília.
Vinícius Yamada
Vinícius Yamada
Publisher, publicitário, etc. || São Paulo, SP || vinicius@gay.blog.br

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Documentário de longa-metragem com a cantora transexual brasileira Linn da Quebrada. Grande expoente na cena musical de São Paulo, dona de uma forte e ousada presença no palco, busca constantemente discutir e quebrar paradigmas e estereótipos. Teddy Award de Melhor Documentário no Festival de Berlim, Melhor Direção no Festival de Cartagena, Melhor Longa do Júri Popular e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília."Bixa Travesty" (2018) | Crítica