No último sábado (08), a deputada federal Erika Hilton participou do Fórum Brasil-França: Diálogos com a África, em Salvador, durante o Festival Nosso Futuro. Em sua fala, a parlamentar tratou de temas como reparação histórica, racismo estrutural, fundamentalismo religioso e os desafios enfrentados por pessoas trans e negras em espaços de poder.

Erika afirmou que ainda é difícil discutir dignidade e direitos humanos em uma sociedade que insiste em desumanizar corpos negros e LGBTQIA+. Segundo ela, a herança colonial e o preconceito continuam a determinar o modo como essas populações são vistas. “É muito difícil discutir dignidade, direitos humanos e pertencimento social quando a sociedade olha para o nosso corpo de uma maneira animalesca”, declarou.
A deputada também destacou a importância de reconhecer responsabilidades históricas de países como Brasil e França. Para ela, as duas nações ainda sustentam estruturas de opressão e precisam avançar em políticas de reparação. “Negar o nazismo na Alemanha é crime; negar o racismo no Brasil é considerado um dia normal”, afirmou durante o evento.
Fundamentalismo religioso
Outro ponto abordado foi o crescimento do fundamentalismo religioso e a falta de políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+. Erika alertou para o que chamou de uma “modernização” das formas de perseguição, observando que o país ainda depende de decisões judiciais para garantir direitos. “O Brasil não tem uma legislação de cidadania e proteção às pessoas LGBTs. O que existe são interpretações do Supremo Tribunal Federal”, disse.

Ao final da palestra, Erika Hilton se encontrou com a ex-ministra francesa Christiane Taubira, autora da lei que reconheceu a escravidão como crime contra a humanidade e responsável pela aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na França. As duas trocaram um abraço simbólico que encerrou a mesa sob aplausos do público.
O Festival Nosso Futuro foi encerrado neste sábado (8) após três dias de programação, com debates, apresentações artísticas e atividades sobre diversidade, sustentabilidade e inclusão. A curadoria foi dividida entre representantes do Brasil, Benim e França.
Junte-se à nossa comunidade
Mais de 20 milhões de homens gays e bissexuais no mundo inteiro usam o aplicativo SCRUFF para fazer amizades e marcar encontros. Saiba quais são melhores festas, festivais, eventos e paradas LGBTQIA+ na aba "Explorar" do app. Seja um embaixador do SCRUFF Venture e ajude com dicas os visitantes da sua cidade. E sim, desfrute de mais de 30 recursos extras com o SCRUFF Pro. Faça download gratuito do SCRUFF aqui.














