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Em uma eleição marcante, o ex-goleiro Emerson Ferretti (52) foi eleito presidente do clube Esporte Clube Bahia. A liderança da chapa União Tricolor rendeu-lhe 1089 votos, consolidando sua posição para um mandato de três anos (2024-2026). A votação aconteceu no último sábado (02), tanto presencialmente na Arena Fonte Nova quanto de forma remota.
Em agosto de 2022, Emerson Ferretti fez uma declaração pública significativa ao podcast “Nos Armários dos Vestiários“, do Globo Esporte, revelando ser abertamente gay. Esta revelação marcou um momento importante tanto na sua vida pessoal quanto na história do esporte brasileiro, reforçando a importância da representatividade e do diálogo sobre a diversidade sexual no ambiente do futebol.
Substituindo Guilherme Bellintani, que esteve à frente do Bahia por seis anos, Ferretti entra em cena em um momento crucial. Desde o final da última temporada, o Grupo City tem exercido influência significativa no clube, uma parceria formalizada em maio deste ano, com a presença do CEO Ferran Soriano. Ferretti será o quarto presidente na era democrática do Bahia, iniciada após intervenção em 2013.
Trajetória marcante
Aos 52 anos, Emerson Ferretti não é apenas lembrado por suas conquistas como goleiro, incluindo dois campeonatos do Nordeste em 2001 e 2002. Sua formação em Administração e especialização em Gestão Esportiva, além de experiências diversas em coordenação de esportes e gestão de clubes, como presidente do Ypiranga de 2010 a 2017, moldaram um perfil administrativo robusto. Nos últimos anos, ele também atuou como comentarista e professor na área.
Durante as sabatinas com os candidatos à presidência do Bahia, promovidas pelo portal Globo Esporte, Ferretti expressou suas visões sobre diversos temas como plano de sócios, esportes olímpicos, ações afirmativas e estratégias para aumentar as receitas do clube.
Desafios e responsabilidades novas
Com o Grupo City gerenciando as questões de futebol, tanto masculino quanto feminino, e cuidando dos equipamentos esportivos como a Cidade Tricolor e o Fazendão, o papel de Ferretti se adapta. Ele agora deve fiscalizar o contrato com o Grupo City, além de participar do Conselho de Administração. Outro desafio será fortalecer os esportes olímpicos e incrementar a receita da Associação, que atualmente recebe R$ 2,5 milhões anuais do acordo com o City.
Uma meta importante para Ferretti será aumentar o número de sócios ativos da Associação, que atualmente conta com cerca de 28 mil membros, dos quais apenas 7.857 estavam aptos a votar. Em contraste, o plano de sócios do Bahia/SAF já ultrapassa 50 mil tricolores. A gestão de Ferretti promete ser um período de transformações significativas e crescimento para o clube.
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