Xica Manicongo será enredo de escola de samba ‘Paraíso do Tuiuti’ em 2025

Travesti Xica Manicongo, nascida no Congo, foi escravizada e posteriormente levada para Salvador no século 16, onde trabalhou como sapateira

A história de Xica Manicongo, considerada por algumas pessoas a primeira travesti do Brasil, será o enredo principal do Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso do Tuiuti para o Carnaval de 2025. Localizada no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, a agremiação escolheu homenagear a figura histórica no próximo desfile, sob a direção do carnavalesco Jack Vasconcelos.

Anúncio do novo enredo (Foto: reprodução/Instagram/@paraisodotuiutioficial)

A escola revelou o enredo em suas redes sociais, durante as comemorações do seu aniversário de 72 anos. Sob o título “Quem tem medo de Xica Manincongo?”, a Paraíso do Tuiuti promete contar a história da travesti nascida no Congo, que foi escravizada e posteriormente levada para Salvador no século 16, onde trabalhou como sapateira.

Paraíso do Tuiuti (Foto: reprodução/Instagram/@paraisodotuiutioficial)

Xica Manicongo enfrentou perseguição e foi alvo da Inquisição devido à sua identidade de gênero, sendo obrigada a adotar vestimentas masculinas para evitar punições severas. Sua trajetória ganhou destaque a partir dos anos 1990, graças às pesquisas do antropólogo Luiz Mott.

Paraíso do Tuiuti (Foto: reprodução/Instagram/@paraisodotuiutioficial)

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) celebrou o anúncio do enredo e emitiu uma nota oficial.

Paraíso do Tuiuti (Foto: reprodução/Instagram/@paraisodotuiutioficial)

O primeiro caso de transfobia registrado nesse país. No fim dos anos de 1500, Xica foi perseguida, humilhada e proibida de expressar sua identidade feminina, sendo obrigada a se vestir de forma diferente da que desejava. Uma violência enorme! Inclusive sob o risco de perder sua vida e ser levada a fogueira caso ousasse seguir vivendo aberta e publicamente como uma pessoa dissidente de gênero. Essa violência de gênero resultou na sua morte em vida, pois ela teve que seguir vivendo sem ser quem era de fato“, registra o texto.

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