Após estrear em São Paulo, o espetáculo “A Herança”, sucesso na Broadway e premiado com quatro Tony Awards, anuncia temporada no Rio de Janeiro, a partir do dia 14 de setembro, no Teatro Clara Nunes.
A peça, de temática LGBTQIA+, é do dramaturgo americano Matthew López e a versão inédita realizada no Brasil tem direção de Zé Henrique de Paula. O elenco traz Reynaldo Gianecchini, Bruno Fagundes e mais dez atores no palco em 89 cenas e cinco horas e meia de duração, que serão divididas em dois dias de apresentação.

“A Herança”, que este ano foi indicada ao prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, o APCA 2023, retrata diferentes gerações da comunidade gay dos Estados Unidos para refletir sobre o legado de cada uma delas. Essa é a primeira versão em língua estrangeira do espetáculo original, que estreou em 2018.
No enredo, um grupo de jovens escritores decide contar a história deles próprios, inspirados no romance “Howards End“, do autor britânico gay E.M. Forster, no qual os narradores são também personagens.

Em “A Herança”, Eric (Bruno Fagundes) é um jovem que vive um relacionamento conturbado com Toby (Rafael Primot), um dramaturgo deslumbrado com a fama. Prestes a ser despejado de um apartamento em Nova York, Eric se envolve com Henry (Reynaldo Gianecchini) e Walter (Marco Antônio Pâmio), um casal mais velho que viveu as dores da epidemia de aids nos anos 80 e 90.
“O Henry gera certa contradição por ser gay e apoiador do Partido Republicano. É como se, no Brasil, ele fosse um gay ‘bolsominion’”, brinca Gianecchini, em entrevista à revista Veja. “Até pensamos em adaptar a história à nossa realidade, mas fomos proibidos de modificar o texto pelo autor. Assumimos que os personagens são homens gays americanos, vivendo entre 2015 e 2022”, acrescenta Fagundes.

A dinamicidade do espetáculo também se reflete no cenário, que muda o tempo todo de função. “Construímos a história na frente da plateia”, diz Felipe Hintze, que completa o elenco junto com André Torquato, Cleomácio Inácio, Davi Tápias, Gabriel Lodi, Haroldo Miklos, Rafael Américo e Wallace Mendes.
Para os produtores da peça, a longa duração não torna “A Herança” custosa de assistir. “É como maratonar uma série”, diz Fagundes à Veja. O roteiro deixa acontecimentos em aberto entre os atos, para cativar a plateia.

“’A Herança’ é um presente pra mim, em vários sentidos, como a questão da adoção. Na peça, eu e o Wallace Mendes abordamos a questão de sermos um casal gay, inter-racial, e que está na expectativa de adotar uma criança. Desde que entramos em cartaz, venho recebendo muitos feedbacks importantes das pessoas que passam por situações parecidas. Esse é o poder do teatro, de discutir temas necessários para a evolução da sociedade. E, quando interpreto o filho do Henry, personagem do Gianecchini, é aula atrás de aula. Porém, o mais interessante é reencontrá-lo nos palcos, pois ele foi uma das primeiras pessoas com quem tive a oportunidade de contracenar. Nos palcos e na vida, o Giane é um paizão!”, diz Felipe Hintze.

Serviço
Peça: “A Herança”
Quando: Parte 1 – a partir de 14 de setembro // Parte 2 – a partir de 29 de setembro
Onde: Teatro Clara Nunes – Rua Marquês de São Vicente, 52 – Loja 370, Rio de Janeiro (RJ)
Telefone: (21) 2274-9696
Ingressos: aqui.
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