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Encontrar Cristiano Carnevale não foi uma tarefa fácil. O ex-BBB simplesmente deu um tempo de todas as redes sociais após ter a sua conta do Instagram hackeada. Antes de mudar de país, seu último trabalho na TV foi no programa Tudo pela Audiência, com Tatá Werneck e Fábio Porchat, onde já exibia um corpo, ou melhor, corpão bem diferente de quando fez o reality global.

Vivendo no Chile há três anos na companhia do marido de origem venezuelana, Carnevale conversou com exclusividade com o GAY BLOG BR.

Cristiano Carnevale conta que não ter se assumido na época do BBB dificultou sua participação
Cristiano Carnevale conta que não ter se assumido na época do BBB dificultou sua participação – Reprodução

Não foi fácil achá-lo, você sumiu das redes sociais e atualmente está vivendo em Santiago no Chile. Por que você deixou o Brasil?

Sim, vivo em Santiago do Chile cerca de quase três anos. Foi puro acidente! (risos) Fui convidado para dançar em uma festa no Chile, aí conheci meu parceiro atual e acabei vindo pra cá. A vinda para o Chile, na verdade, só aconteceu porque já havia a vontade de mudar de país. Sou cidadão italiano também e já pensava muito em ir para Barcelona ou Lisboa, mas aí acabei conhecendo meu venezuelano e parei aqui. Ele já vivia em Santiago há três anos. Deixar as redes sociais foi uma opção mesmo. Meu Instagram foi hackeado, aí não consegui recuperar minha conta. Quando criei um novo perfil, deu preguiça… (risos) Dei esse tempo para viver mais tranquilo e ter uma relação sem tanta exposição. Com isso, os julgamentos errôneos acabam sumindo. Daqui acompanho as histórias no Brasil de tantos haters que atacam influencers, subcelebridades e até anônimos mesmo. Uma disseminação de ódio desnecessária. 

Você se tornou conhecido no país após ter participado do Big Brother Brasil 4 (2004), como você avalia a sua participação no programa passados 16 anos?

Ter participado do BBB, foi uma experiência ímpar. Consegui por méritos próprios essa conquista. Não me arrependo e participaria outra vez. Claro, com uma postura mais presente, porém sempre sendo eu e me jogaria muito mais nas festas. Acho que o fato de não ter me assumido na época me deixou um pouco travado, me preocupava muito com minha mãe e a opinião alheia. Aliás acho que o povo que entra deve parar de pensar e apenas sentir. Independente de ganhar ou não. Apenas viva! Porque essa memória fica para sempre. Aprendi muito ali, mas o maior aprendizado mesmo veio muito depois.

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Quando você foi eliminado na terceira semana do programa, você teve que lidar com a fama da noite para o dia, como foi isso? É verdade que você se deslumbrou?

Eu que pergunto: deslumbrar com o que? (Risos). Não entrei no programa pensando em nada além do prêmio. Tinha minha profissão e apenas queria ajudar minha mãe a realizar um de seus sonhos e, óbvio, ter uma vida melhor. Já havia tentado entrar na 3ª edição do programa, trabalhava junto com a Bianca Jahara (BBB 8) em uma loja e eu era seu gerente, juntos fizemos nossos vídeos, mas não rolou nada. (risos) Eu ainda dizia que ela deveria entrar porque era uma figura e eu era um simples gerente exigente (risos). Foi super divertido. Na época, meu superior disse em uma reunião coletiva que como eu era “sem graça”, “sem sal” nunca iria conseguir entrar. Inclusive, porque o Iran (BBB 6) havia participado do processo no BBB 2 e não havia conseguido entrar, afinal o cara é super boa pinta, né? E eu tadinho, era um “mero gerente”. Mas eu sabia que podia ser um perfil interessante, porque sou super extrovertido e até meio maluquinho (risos). Aí depois desse comentário pedi demissão e tomei como um desafio pessoal; e consegui. Então isso para mim já foi uma vitória. E deixo um conselho a todos: “Seja você e acredite em si mesmo. Não deixe ninguém te desanimar.”

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Surgiu na época um boato que você havia se oferecido para posar nu para a extinta revista G Magazine, fato ou boato?

Se eu não me sentia interessante, como e por que eu me ofereceria a uma revista de nu masculino? Ainda mais com minha mãe viva, pois vim de uma família de pai italiano, super conservadora. Sem chances. Esse boato surgiu durante a lavagem de roupa suja, onde tentaram me queimar para não ganhar o carro na final. Fake news (risos).

Você tentou seguir a carreira de ator e fez algumas peças de teatro, mas o que aconteceu que não foi adiante?

Aos poucos fui tentando retomar minha vida, mas não foi fácil. Não conseguia emprego, era julgado pelas empresas. Fiquei em um limbo. Não era perfil para TV e eventos e não conseguia voltar para minha área de profissão (Administração de Empresas). Como eu havia viajado há alguns anos antes para o Japão e Coréia do Sul, jogando ioiô, notei que lá havia muitos grupos musicais. Tive a ideia pós-BBB em tentar montar uma “boy band” de meninos e meninas, como havia encontrado por lá, como as famosas KPOP e JPOP. Chegou a caminhar super bem, a proposta era mega interessante. Tinha uma galera que mandava bem. Tínhamos até músicas do Álvaro Socci, que era um grande compositor de Wanessa Camargo e Sandy & Júnior. Mas os conflitos internos não deixavam a coisa andar, mudamos de formação umas quatro vezes. Aí, já sem dinheiro, desisti de vez do projeto. Afinal, o projeto só daria certo junto com outros. E, para piorar, ainda passou uma produtora malandra que roubou o pouco de grana que tínhamos. Aí ferrou, né?! Foi quando me convidaram para voltar aos palcos. Aí vem, desculpem a expressão, “uns repórteres desinformados” e publicam “EX-BBB CRISTIANO VIRA ATOR”. Fala sério, né?! Vai pesquisar. Tudo bem eu não era e não sou um perfil comercial, mas antes de ser administrador sempre fiz teatro, inclusive fiz o curso superior de Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO). Estudei junto com Camila Pitanga, Dani Valente, Georgiana Góes, Micaela Góes, Erom Cordeiro, Pia Manfroni, entre outros. Cheguei a apresentar um Programa na TV BAND no estilo “Bill & Ted” junto com um apresentador de Curitiba, onde estreamos na mesma época do “H” do Luciano Huck. Foi um programa de entrevistas de bandas, cantores e passava clipes de músicas, chamava-se “BAD TV”, ou seja, não caí de paraquedas, né? Sem contar que fiz curso de interpretação para TV com Flávio Colatrello e dublagem com Christiano Torreão, mas tudo sem pretensão alguma, somente como forma de ganha pão mesmo. 

Acervo pessoal

Você também participou do programa Ídolos 2 na fase de testes, aquilo foi uma tentativa de prolongar os 15 minutos de fama?

Participar do ídolos foi super engraçado. Não tinha perspectiva de nada. Fui como qualquer outro candidato. Fiquei na fila, tomei muita chuva pois gravei em Belo Horizonte. Como cantei em alguns musicais e estava nessa boy band que comentei, fui lá para ver se rolava alguma coisa mesmo. Sou afinado, mas não sou super cantor. Só que, depois de dois dias na rua e com chuva em uma fila gigante, minha voz foi pro saco, né?! Aí já estava inseguro com tudo, um julgamento de que o ex-BBB tinha que ser muito bom. Fui uma piada com uma voz de robô que não é a minha, mas valeu a pena a experiência. Fiz amizades reais que duram até hoje. E aprendi que esse tipo de programa é só sensacionalismo, tendo em vista que com a voz que eu estava não teria passado nem da 1ª etapa e cheguei à 3ª. Ou seja, minha imagem foi usada para dar ibope, mas tudo bem, se está na chuva é para se molhar.

Para muitas pessoas soou como se você estivesse desesperado pela fama, correndo atrás de uma oportunidade artística, se atirando em tudo que surgisse… Naquela época o seu objetivo era estar trabalhando na TV?

A verdade que queria realmente valorizar meu perfil por conta da banda. Foi estratégico mesmo. E não tenho vergonha em assumir, porém não cantei o que realmente canto. Prova disso é que cantei depois no programa da Luciana Gimenez, Superpop, e mandei bem. Mas isso não dá ibope, né?

Acervo pessoal

A respeito de sexualidade, você levou bastante tempo para sair do armário (em 2012). Na época você sofreu críticas da comunidade LGBT+ por isso?

Sim, demorei um tempo para me aceitar, na verdade. Por mais que já fosse casado com um homem, a aceitação tem que partir de você e não da sociedade. Eles que se f****. Você tem que fazer no seu momento, e o meu só veio depois que minha mãe partiu. Ela já desconfiava, óbvio, mas aí confirmou quando conheceu meu parceiro no meu 1º paredão. Mas nunca conversamos disso, pois ela sempre conheceu minhas ex-namoradas e então não entendia muito bem o que aconteceu. E como fui casado dez anos com ele, não deu para esconder, né? Mas aceitar para todos só veio bem depois, já estava no meu 2° casamento que durou sete anos. Meu primeiro contato gay foi com meus amigos de UNI-RIO; fiquei meio desorientado e eu mesmo não entendia, já que eu sempre tive namoradas.

Em 2014, o portal R7 publicou uma nota dizendo que você estava trabalhando como gerente em uma loja de shopping, mas que estava tentando uma vaga nos BBBs seguintes. E que estava chateado por não ser mais reconhecido. Isso aconteceu de fato?

Como expliquei anteriormente, meu objetivo inicial sempre foi retomar minha vida normal, mas não consegui. Então, tentei fazer do limão uma limonada. Inclusive, serviu também para mudar meu perfil físico e me sentir mais seguro comigo mesmo, já que o julgamento é grande do povo. Te julgam como se todos tivessem uma vida perfeita né. Existem muitos unicórnios por aí. Instagram que o diga (risos). Consegui, após a banda não acontecer, voltar para minha área, isso logo depois do falecimento da minha mãe. Voltei a trabalhar como gerente de loja e não vejo problema nenhum nisso. Era uma super marca alemã de esportes, no Shopping Leblon, e tinha um bom salário. Eu adorava estar ali. Essa matéria não saiu no R7, foi de um jornal carioca onde o repórter havia ido na loja para comprar e me viu. Inclusive havia me dado seu telefone. Ele na verdade não publicou por causa do Cristiano ex-BBB, mas sim para tentar humilhar o Cristiano antes do BBB. Porque bem antes do programa, nós tivemos uma história e esse repórter, pelo que vi, não superou eu ter traído ele. Aí esse repórter fofoqueiro corno tentou me humilhar, mas coitado não funcionou. Não satisfeito, depois tentou outra vez quando eu estava no Tudo pela Audiência. Confirmou que eu fazia parte do elenco sem eu saber, sendo que gravamos com bastante antecedência e, como eu só entrei na 2ª temporada, tínhamos uma cláusula contratual com multa caso vazasse a informação. Por pouco não tive que pagar. Agiu de má-fé mesmo. Da última vez que me viu, isso eu já sarado, veio me dizer que eu estava gato. Só agradeci (risos).

acervo pessoal

Essa sua grande mudança física ocorreu por algum motivo? Você fez uso de bomba (anabolizantes)?

Essa mudança veio pouco a pouco junto com a minha personalidade. Fui casado por dez anos e, após o BBB, nossa relação não durou muito. Hoje somos grandes amigos, mais que isso, somos como irmãos. A necessidade surgiu para eu me sentir fisicamente mais seguro. Sentia que precisava mudar. Tracei uma meta e falei: “Eu quero chegar aqui”. Imprimi uma foto na época de uma cara com um corpo massa e falei: “Tá maneiro esse shape… Bora correr atrás”. E também, por fim, como estava solteiro tinha que dar um up… E aí esse desejo tornou-se um hábito e depois uma paixão. Costumo dizer que hoje estou melhor do que quando tinha meus 25 anos. Me sinto como um bom vinho Cabernet Sauvignon (risos). Quanto ao uso de anabolizantes, sendo sincero, pesquisei muito e pensei sim em usar com acompanhamento médico, porém, antes de entrar no BBB descobri que tenho um BRD (Bloqueio do Ramo Direito) no coração, ou seja, interrupção total ou parcial da condução dos impulsos elétricos. Então fiz exames e optei em não usar. Acredito ser o mais sensato, né? Mas uso sim muitos suplementos alimentares. Já dieta, até faço, mas não sou muito fã não, já que amo comer (risos).

Já sarado, em 2017 você namorou dois misters, o Mister Bahia e o Mister Fernando de Noronha, mas ambos os relacionamentos duraram apenas alguns meses. Você prefere homens cujo o físico seja semelhante ao seu?

Bom, como disse, curti muito pouco a vida de solteiro. Meu primeiro relacionamento gay durou dez anos. Fabinho me ensinou ser um gay do bem e correto. Ele é meu exemplo, ele é o meu eterno irmão. Depois disso, já ficando “saradinho” veio o Mateus, ficamos juntos por quase dois anos, mas eu não estava pronto para casar de novo, precisa viver, aproveitar a vida. Confesso que não fui fiel nessa relação e não deu certo. Logo depois veio o Tavinho e ficamos casados por sete anos, um cara incrível, meu amigo também hoje em dia, mas nossa história não deu certo porque sua aceitação familiar era complicada e isso nos afastava muito. Quando nos separamos comecei a ver um “Fantástico mundo de Bob” das mídias sociais; caras gatos, vidas em teoria “incríveis”. Aí começou, conhece um… conhece outro… E por fim, o conteúdo só existia mesmo nos posts de redes sociais; na cabeça e no coração tudo muito vazio, sem real sentimento – e eu tentando me adaptar. Mas nessa “terra de ninguém” da Internet, vale mais o que você pode ofertar: corpo, viagens, status. Então, conheci meu pequeno venezuelano César, com quem estou há quase três anos. Um parceiro, um companheiro que me faz rir todos os dias, que me ajudou a trazer o Cristiano mais tranquilo e menos fútil de volta. Quanto ao perfil, sempre me senti atraído pelos mais fortes, mas isso não é tudo, inclusive meus casamentos que duraram mais tempo estão fora do perfil saradão. Fica dica. (risos)

acervo pessoal

Você também trabalhou como gogo dancer né? As pessoas confundem com gogo boy, que envolve striptease… 

Mesmo quando magrelo sempre amei dançar. Quando adolescente ia todos os domingos com meus amigos de escola à matinê da Babilônia no Leblon (RJ). Porém, não tenho a aptidão para ser bailarino, sou meio ogro (risos). Então, já nas festas gays, voltei a dançar e curtir, até que um dia fui convidado para dançar em uma festa em São Paulo. Putz, super curti. Ganhar dinheiro fazendo algo que adoro e que faço de graça quando vou a uma festa. Topei e acabei dançando algumas vezes sim. Mas todas as vezes como dancer, que é dançar sempre vestido ou de sunga. Tornou-se um hobby mas também foi algo passageiro. Muita gente confunde o “dançar” com prostituição, então resolvi parar. Lamentavelmente muitos não sabem respeitar. Conheci profissionais incríveis que dançam pelo simples fato de fazer o que amam.

O marido venezuelano César e Cristiano (acervo pessoal)

Ainda em 2017, você foi assistente de palco no programa Tudo pela Audiência. Como foi ter trabalhado com a Tatá Werneck e o Fábio Porchat? Você usava uma máscara que cobria praticamente todo o seu rosto, isso não te deixava chateado?

Certo dia, saindo da academia na Barra da Tijuca, fui abordado por uma produtora me convidando para o teste. Sendo sincero, nem acreditei. Estava levando minha vida de volta à normalidade. Mas ela estava convidando esse Cristiano atual, nem me reconhecia de BBB, só me perguntou se gostava de dançar e se já havia assistido o programa. Por fim, assisti o programa e agendei meu teste. Fui lá. dancei e curti. E, por ironia do destino, voltava mais uma vez para a mídia. Sou meio cara de pau, então juntei o útil ao agradável. Entrei na 2ª temporada do programa e fiz amizade com todos. Eu era o Carrasco. O saradão mal-humorado. Inclusive o Boytatá Paulo se tornou meu brother, meu amigão. O cara é hétero e o povo não sabia respeitar, sempre insinuando que tínhamos algo. Por que um hétero não pode ser somente amigo de um gay, né? Bora tirar o pré-conceito disso. Quanto à máscara, eu adorava e não me incomodava em nada. Eu adorava, eu era um personagem e, como ator, isso fazia com que eu interagisse com a plateia como Carrasco e não como um ex-BBB. Fui convidado para 3ª temporada e meu figurino ficou ainda mais ousado, dando o que falar, e por conta disso que começaram a me chamar para dançar em festas. Inclusive, quando fiquei de He-man sem máscara estranhei muito (risos).

cristiano carnevale
Reprodução

Recebeu propostas indecentes também?

Sim, recebi propostas indecentes. Inclusive na famosa Oficina da TV. Não recrimino, mas não é a minha praia. Se fosse, não teria problema. Afinal a vida é sua e você deve fazer o que tem vontade.

Se você recebesse um convite para participar do reality A Fazenda, você toparia?

Amo reality (risos). Mesmo aqui do Chile acompanho todos, BBB inclusive. Quando vou de férias sempre sou convidado a ir ao GSHOW. De Férias com Ex muito top. Se estivesse solteiro iria na boa (risos). E acompanho A Fazenda também, me amarro nos barracos. Aí acho que o povo se solta mais que no BBB. O ego fala mais alto (risos). Inclusive participaria de qualquer um deles, curto pelo entretenimento em geral, até no extinto No Limite achava show!

acervo pessoal

E como é o Cristiano casado?

Estou casado há quase três anos, sou o tipo de cara que gosta de estar com alguém sério. Gosto de qualidade e não quantidade.

Está feliz vivendo no Chile?

Confesso que sinto muita falta do Brasil. Amo as pessoas, o clima, as praias. Estamos planejando em breve ir embora do Chile. Só não sabemos se vamos para o Brasil, Portugal ou Espanha. A cultura chilena é bem diferente da nossa, não são tão calorosos como no Brasil, mas tudo é questão de adaptação.

Acervo pessoal

Atualmente todos tem feito lives ou criando canal no Youtube, pensa fazer o mesmo?

Estou pensando em fazer um canal no Youtube, já que amo falar (risos), a dúvida é: um canal fitness, para ajudar as pessoas a chegar no seu objetivo (já que cheguei onde queria buscando eu mesmo o conhecimento, nunca tive um personal) ou um canal de viagens, já que amo viajar e já conheci vários lugares, mas não como turista, tudo, na verdade, sem a coisa bonita dos lugares.




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