Em memória de Eric Stryker, ator pornô que viajou pelos EUA para conscientizar sobre o HIV

Eric Stryker (Estados Unidos, *1954 -† 1988)

Eric Stryker foi um ator pornô de filmes gays – e também modelo – que faleceu vítima de AIDS na Califórnia aos 33 anos. Dono de um físico musculoso (sem exageros), o loiro de olhos claros fez sucesso adotando outros codinomes como Noel Kemp, Mike Kelly, Mike Saunders e Michael John Saunders.

Nascido em Erie, Pensilvânia, Stryker trabalhou em construção civil em Phoenix e, em seguida, se mudou para Los Angeles, onde começou fazer ensaios nu em 1977. Foi contratado pela produtora Colt Studios, tendo iniciado a breve carreira em filmes eróticos em 1981.

Em 1984, Stryker foi diagnosticado com HIV, um pouco depois de perder o namorado para o HIV. Ao contrário de muitos atores do meio pornográfico que preferem esconder, ele assumiu seu status sorológico, abandonou a carreira e se tornou um ativista da causa. Eric Stryker deu novos rumos a sua vida: foi estudar arquitetura na Woodbury University. Como militante, trabalhou com alguns grupos relacionados à doença, como o AIDS Couples Groups, e deu palestras em todo o país em nome da AIDS Project Los Angeles. Em 1987, ele participou do documentário ‘It Starts With A‘, sendo a sua última aparição nas telas.

- BKDR -

Stryker demonstrou coragem quando desfilou na Parada da Christopher Street. em West Hollywood, exibindo o corpo bastante debilitado pelo Sarcoma de Kaposi. Na ocasião ele usava short e camiseta, sendo uma das primeiras figuras públicas a revelar os efeitos da AIDS, sendo essa sua última aparição em público. Em fevereiro de 1988, ele não resistiu ao estágio avançado da doença, vindo a falecer no Hospital Comunitário Sherman Oaks.

Atualmente, é possível viver bem e ter uma “vida normal” com HIV. Mas para que isso ocorra, é preciso diagnosticar o quanto antes a presença do vírus no sangue. Portanto, recomenda-se fazer o teste de HIV com frequência, de três em três meses, por exemplo. Se testar positivo para HIV, o próprio Sistema Único de Saúde (SUS) fornece a medicação gratuitamente e, em poucos meses, a carga viral consegue ser reduzida a indetectável.

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