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Mais um caso lamentável de homofobia no esporte brasileiro. O novo fato aconteceu com o jogador de vôlei de praia Anderson Melo (RJ), que foi alvo de xingamentos homofóbicos e ameaças durante a etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia em Recife (PE), na última quinta-feira dia 14.

Falas agressivas e violentas como “saca na bicha!”, “usa calcinha ou não usa?”, e “na cara da bicha” foram direcionadas ao atleta carioca durante a partida contra a dupla formada por Luiz e Fabiano; as imagens podem ser vistas nas postagens do atleta.

Anderson Melo - Reprodução
Anderson Melo – Reprodução

Anderson, além de compartilhar as provas do ocorrido, comenta que sofreu psicologicamente porque se sentiu “completamente acuado, e sem entender por que as pessoas estavam fazendo aquilo”.

Em conversa por telefone com a Gay Blog BR, o atleta diz que recebeu inúmeras mensagens de pessoas que também foram vítimas do mesmo crime, mas que preferiam não seguir com as denúncias, ou por não acreditarem na justiça ou por temerem retaliações. Entretanto, Anderson reitera que mesmo sendo desencorajado, sabia que “precisava denunciar as ofensas e não permitir que os criminosos se escondessem atrás da impunidade e do medo”. Nos últimos dias, diversas personalidades como Anitta, Sasha Meneghel, Fernanda Gentil e Leila do Vôlei, manifestaram seu apoio ao jogador nas redes sociais.

O atleta lembra que “homofobia é crime, sim” e quer encorajar pessoas LGBTQIA+ a denunciarem estes fatos, cada vez mais. Atos de homofobia e agressão que envolvem atletas e torcidas, em partidas oficiais de voleibol, não é uma novidade. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), entidade máxima do esporte no país e responsável pelo campeonato, em nota oficial, condenou veementemente o episódio, acionou as autoridades locais do Recife e prometeu coibir qualquer manifestação discriminatória em seus eventos.

Anderson Melo - Reprodução
Anderson Melo – Reprodução

Crime de LGBTfobia

Em junho de 2019, o STF decidiu em favor da criminalização da LGBTfobia, reconhecendo como crime de racismo até que o Congresso Nacional elabore uma legislação específica sobre o tema. A partir dessa decisão, quem ofender ou discriminar gays, lésbicas, bissexuais ou pessoas transg está sujeito a punição de um a três anos de prisão, prevista na Lei nº 7.716/89. A LGBTfobia é crime inafiançável e imprescritível.

É oficial: STF decidiu por 8 votos a 3 que homofobia é crime




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