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O jornalista da Record, Tom Bueno (37), publicou um vídeo em seu Instagram, no último 6 de junho, expondo publicamente que é gay após ser encorajados por seus seguidores, contando todo o seu processo de aceitação.

“Para quem não sabe, eu sou gay” disse Bueno, comentando também que a primeira vez que ele verbalizou sua homossexualidade foi aos 28 anos, quando um colega de trabalho em Goiânia fazia piadas machistas e brincadeiras que ele se sentia acuado.

“Teve um dia que a gente parou para tomar uma vitamina em um lugar bem conhecido em Goiânia, e aí passou uma mulher na rua, ele ‘mexeu’ com ela, virou para o banco de trás onde eu estava e disse: ‘e aí?! O que você faria com ela?! Imagina ela na cama?!” (…) Eu estava tão sensível naquele dia e de ‘saco cheio’ que saiu uma voz potente da minha voz dizendo ‘Eu sou gay! Não faria nada'” – comenta.

- BKDR -
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Depois, com uma voz embargada, Tom continua: “Não bastava eu ficar calado?! Eu fiquei calado o tempo todo e não servia como resposta?! Não te dei liberdade para você fazer isso comigo. E esse comentário que você está fazendo é grosseiro, machista. Imagina que aquela mulher não está escutando, mas tenha percebido a forma que você tem olhado?! Imagina se fosse com sua mulher ou sua filha? E por favor, não fala mais comigo!”

Mesmo se sentindo aliviado em dizer algo que “estava preso há 28 anos”, ele ficou inseguro de que sua carreira podia ser prejudicada, ainda mais considerando que o próprio cinegrafista contou para todos os outros colegas.

Quando Bueno foi trabalhar na Record em São Paulo, ele decidiu deixar claro sua orientação sexual para todos, mesmo sem a necessidade de verbalizar, e comenta que nunca sofreu preconceito.

“Sempre fui muito bem acolhido, nunca tive problema nenhum. O problema não é o lugar, são as pessoas”. – diz Bueno, sobre trabalhar na Record

Repórter da Record revela ser gay: "Tinha medo de que minha carreira fosse prejudicada"
Reprodução

Comentando sobre sua autoaceitação, ele disse que foi um processo longo, considerando que ele é do interior de São Paulo e teve uma formação religiosa. Até mesmo durante a faculdade de jornalismo, ele fazia fonoaudióloga para ter uma voz mais grave, pois não queria que as pessoas desconfiassem de sua homossexualidade por ter uma voz um pouco mais “aguda”.

Bueno se emociona ao falar sobre a reação de sua família, em especial de seu pai, contando que ele sempre foi muito protetor e que sempre soube que era gay. No entanto, a mãe já teve um processo mais demorado de aceitação.

Por fim, ele lamenta que muitos profissionais de televisão são LGBTs, mas não falam nada: “É triste saber que eu trabalho em televisão e que a maioria, ou pelo menos a metade dos funcionários, são LGBTs e não conseguem sair do armário”.




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