O ex-padre Sérgio Bedin e o músico Rogério Koury iniciaram um relacionamento em março, após se conhecerem pessoalmente ao gravarem um CD em 2019. Para viver esse amor, Bedin teve que renunciar a sua vida religiosa e Koury contou a Veja SP como foi a celebração da última missa.
“Foi um momento especial, os fiéis o aplaudiram pela coragem de se assumir” – disse, explicando também que, até conhecer o ex-padre, ele era casado há 23 anos – “Renata, minha ex-esposa, viu meu conflito interno, me apoiou e mantemos uma linda amizade. Todo esse processo envolveu muito amor, recebi um dos abraços mais calorosos do mundo dos meus filhos quando contei”.
Tanto Bedin quanto Koury moram na mesma casa que a ex-mulher, em Sorocaba, no interior de São Paulo.
“Pudemos nos libertar e aceitar essa experiência de vida nova sem que eu deixasse de viver com a família que construí.” – diz Koury.
HOMOSSEXUALIDADE E CATOLICISMO
A tradicional Igreja Católica considera que o comportamento sexual é algo sagrado e que sua função é para procriação. Portanto, o sexo entre duas pessoas do mesmo gênero, já que não pode haver procriação, é pecado.
No entanto, a Igreja entende que a atração e o desejo são involuntários e, portanto, não são pecados por si só, apenas a relação sexual em si.
“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas.” – citação do livro “Homem, conhece-te, aceita-te, supera-te“, do padre Marcelo Moraes – “Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.”
Em 2005, o ex-papa Bento XVI aprovou um documento eclesiástico que dizia que a igreja não podia “admitir no seminário aqueles que praticam a homossexualidade”. O discurso foi reafirmado em diversas ocasiões pelo Papa Francisco, que diz que esta é uma expressão irreformável da doutrina cristã.
Por outro lado, o Papa Francisco também já declarou em diversas ocasiões que as tendências homossexuais “não são um pecado” e, mesmo que a prática em si seja, tanto os gays quanto as lésbicas “tem direito a uma família, e esse pai e mãe têm o direito a um filho, venha como vier, não podendo expulsar de casa”.
“Se estivéssemos convencidos que eles [os LGBTs] são filhos de Deus, as coisas mudariam muito”.
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