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O estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, réu no caso de agressão ao ator Victor Meyniel (26) em setembro de 2023, foi sentenciado a dois anos e oito meses de detenção por lesão corporal, injúria homofóbica e falsa identidade. O juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi responsável por determinar a pena.

Agressor de Victor Meyniel é condenado a 2 anos de prisão - Reprodução
Agressor de Victor Meyniel é condenado a 2 anos de prisão – Reprodução

Segundo relato da vítima, Yuri o abordou na área de fumantes da casa noturna Fosfobox e, posteriormente, foram juntos para a casa do réu. Inicialmente, ainda segundo o relato, Yuri estava amigável e afetuoso, trocando beijos com Victor, no entanto, quando a colega de apartamento de Yuri chegou, seu comportamento mudou, tornando-se agressivo. Victor também mencionou a hostilidade dela, que não foi receptiva.

Em determinado momento, o ator diz que Yuri o puxou pelo braço e o expulsou da casa, resultando em Victor batendo a cabeça no vidro do elevador. No hall de entrada, após Victor questionar se alguém sabia que Yuri era “gay”, o acusado o insultou e o agrediu, afirmando: “O veadinho aqui é você“. Victor alega que o porteiro testemunhou tudo, mas não interveio. As câmeras de segurança flagraram o momento.

O que disseram as testemunhas

Karina de Assis Carvalho, colega de apartamento de Yuri, afirmou que ao chegar ao apartamento, Victor agiu de forma debochada e ofensiva. Segundo ela, Victor a chamou de ‘chata’ e ‘insuportável’ após recusar um convite para tomar vinho. Karina também relatou que Victor entrou em seu quarto sem permissão, trazendo um prato de estrogonofe que ela não havia solicitado, e quando ela recusou, ele continuou a insultá-la, levando-a a trancar a porta para evitar mais problemas. Além disso, Karina afirmou ter ouvido a discussão entre Victor e Yuri, onde Yuri pediu para que Victor se retirasse, mas ele se recusava, “falando que ele não sabia quem ela era e que iria acabar com a vida dele“, disse o relatório.

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O porteiro afirmou ter presenciado uma discussão entre os dois, onde ocorreram insultos como “veado”, e Yuri ameaçou agredir Victor, que o chamava de “médico de merda“. Ele também relatou que Yuri constantemente pedia para Victor sair, mas este se recusava. O porteiro explicou que não interferiu devido ao seu estado de saúde naquele dia e ao medo de ser agredido, dada a estatura do acusado.

Depoimento do acusado

O réu, condenado, alegou que encontrou Victor na festa e que este se ofereceu para acompanhá-lo até sua casa. No apartamento de Yuri, após beberem vinho, Yuri descreveu Victor como um “bêbado chato“, pois ficou aumentando o volume da TV e abrindo outra garrafa de vinho. Quando sua colega Karina chegou, Yuri sentiu que Victor se sentiu menosprezado por ela, então começou a chamá-la de “chata e antipática”.

Yuri afirmou que pediu repetidamente para Victor sair, mas este alegou não ter condições. Yuri disse que o deixou deitado em seu quarto e saiu, mas recebeu mensagens de Karina alertando que Victor mexia nas coisas da casa. Ao retornar, Yuri ficou mais ríspido, tirando Victor de dentro da casa e tentando colocá-lo no elevador. Além disso, Yuri destacou “que a vítima começou a dizer que ia ‘ferrar’ o acusado e que ele não sabia com quem tinha mexido“, de acordo com o relatório. Yuri relatou que se encontraram novamente na portaria, onde Victor o xingou e ameaçou, então ele teria agredido a vítima.

A sentença

Após examinar os depoimentos, o juiz considerou o relato da vítima como seguro e coerente, atribuindo-lhe total credibilidade. Além disso, destacou que Yuri mentiu aos policiais ao se identificar como “médico militar”, buscando atenuar a situação e obter tratamento preferencial. A confissão do réu também foi levada em conta no processo.

Por fim, determinaram como sentença reclusão por 2 anos em regime semiaberto, 8 meses de detenção, que inicialmente é em regime semiaberto, e o pagamento de 10 dias-multa, avaliados em 1/30 do salário mínimo da época, com atualização monetária. O porteiro também foi autuado por omissão de socorro, de acordo com delegada Débora Rodrigues.

Os advogados de Victor Meyniel, Maíra Fernandes, Guilherme Furniel e Ricardo Brajterman, se manifestaram após a sentença que condenou Yuri de Moura Alexandre à prisão: “Esperamos que com isso a vítima possa ter paz e tranquilidade para seguir sua vida, com a sensação de que a justiça foi feita”.




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