A BCC fez um especial com pessoas com Síndrome de Down que encontraram na arte drag uma maneira de mostrar ao mundo quem são, e não o que as pessoas esperam que sejam ou façam. A trupe, conhecida como “Drag Syndrome”, foi reunida em 2018 pelo coreógrafo Daniel Vais e é a primeira plataforma do gênero para artistas com Down. Assista:
Bond. Justin Bond.
“Eu nunca fico nervosa quando se trata de performar. Minha parte favorita é a dança e o lipsync, mas principalmente a transformação. Eu me sinto realmente confiante”, conta Ruby Codiroli, cujo nome artístico é Justin Bond. “Justin Bond é um grande paquerador e eu não flerto tanto com outros caras, porque sou um pouco diferente disso”, pondera.
“Eu sinto que é ótimo que o público me veja como uma estrela no palco. Eu diria às pessoas que não nos respeitam: ‘não temos nenhum problema com você, mas eu tenho um problema com você porque você não está nos tratando bem'”, avisa.
Pessoas com síndrome de down têm um cromossomo extra que lhes dá talento extra
Na entrevista, Daniel Vais pondera que pessoas com Down são especiais em aspectos distintos: “Os artistas com quem trabalho têm a cabeça muito aberta. Perguntei a eles: ‘vocês gostariam de tentar fazer drag?’ – e eles ficaram super animados. Começaram a pesquisar sobre o mundo drag. A história drag, estilos de drag. E eles começaram a desenvolver seus próprios personagens. As pessoas que nos criticam têm uma mente muito fechada, não querem que as pessoas com síndrome de down façam parte da cultura contemporânea e gostam de suprimir o outro. Nós não vamos deixá-los. Os equívocos que encontramos que têm a ver com pessoas com síndrome de Down são que eles não têm mente própria. Isso é completamente falso. Sim, elas são muito muito doces e maravilhosas, mas também têm muita garra. Eu acho que as pessoas com síndrome de down têm um cromossomo extra que lhes dá talento extra. Eles são as pessoas mais batalhadoras que eu já conheci. Muito, muito comprometidas consigo mesmas, com a arte e a carreira delas, o que é super inspirador. É uma maneira para explorarem e mostrarem ao mundo quem são, e não o que as pessoas esperam que eles sejam ou façam”, conta Vais.
“E no final, elas são performes. Sim, com um cromossomo extra, mas eles são artistas profissionais. Somos uma companhia e merecemos performar. E nós merecemos que pessoas com outros talentos com deficiências se juntem a nós. O mundo da arte, o mundo da cultura e o mundo deveriam incluir mais pessoas com síndrome de down ou qualquer deficiência. Não podemos perder uma maneira diferente de ver as coisas. Então, quanto mais os incluirmos, mais rica será a sociedade”, finaliza.
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