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O senador Jorge Seif (PL-SC), conhecido por suas posições “bolsonaristas”, enfrentou críticas nas redes sociais após ser visto no show da Madonna na Praia de Copacabana, que contou com o patrocínio do governo do Rio de Janeiro. A presença do senador no evento, que foi descrito por alguns aliados do ex-presidente como “satânico” e “pornográfico”, gerou reações diversas nas redes sociais.

O Globo confirma show gratuito de Madonna no Rio a convite do Itaú - GKPB - Geek Publicitário
Madonna em foto promocional do Itaú (Foto: reprodução/Itaú)

Durante o show, comentários nas redes sociais variaram desde desapontamento até ironias sobre o comportamento do senador. Silvio Grimaldo, um cientista político ligado à direita, expressou descontentamento com Catiane Seif, esposa do senador e vice-presidente do PL Mulher de Santa Catarina, criticando sua presença no evento, que, segundo ele, contradiz os valores que deveria representar.

Como ela pode representar as mulheres conservadoras de SC prestigiando a indústria que mais degrada a figura da mulher, da mãe e da esposa? Madonna é antítese de tudo que deveria representar o PL Mulher. É a negação da mulher!“, disse Grimaldo.

Senador Jorge Seif (Foto: reprodução)

Jorge Seif se posiciona

Em um áudio ao qual o jornal Metrópoles teve acesso, o senador Seif explicou que sua presença no show foi um pedido de sua esposa, que é fã da Madonna desde a juventude. Ele descreveu sua decisão de atender ao pedido como um gesto de apoio à sua esposa durante um momento difícil, enfatizando que a iniciativa partiu dela e que a intenção era meramente apreciar a música e a celebração da carreira da cantora. “Quem que diria não à esposa, cara? Eu não diria não“, destacou.

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Seif ainda ressaltou que o evento acabou tendo um tom político e ideológico que não esperava, e que deixou o local antes do término do show. “Ninguém imaginava que um show que se chama ‘Celebration‘, ou seja, celebração da carreira para ouvir música, como a gente vai no Zé Neto e Cristiano, como a gente vai no Gustavo Lima (…) Chegou lá, virou um palco político, ideológico, partidário. Quer dizer agora que eu fui em Copacabana ‘fazer o L?’“, questionou o político.

Ainda no áudio, o senador Seif reconhece que pode ser chamado de burro, inocente ou tolo por não ter previsto a natureza do evento ao qual compareceu. “Pode chamar, você tem todo o direito, porque eu realmente não vi maldade. Imaginei que fosse num show de música ouvir música“, explicou. Seif detalhou que permaneceu no local por cerca de 40 minutos até que o conteúdo do show começou a desviar do esperado, momento em que decidiu sair. “Agora, fui tolo. Não imaginava”, conta.

Comentários nas redes sociais

Os comentários na internet sobre a presença do senador Jorge Seif no show da Madonna variaram amplamente, refletindo uma mistura de surpresa, crítica e apoio. “Políticos do calibre de Jorge Seif, que tanto exaltam Deus, Pátria e Família, comparecem a um espetáculo satânico da Madonna? Que bizarro! Que valores ele segue?‘, criticou um internauta na rede social X (antigo Twitter).

Além das críticas, houve comentários irônicos sobre a aparente discrepância entre as posturas públicas e as escolhas pessoais do senador. “URGENTE: prometeram a primeira-dama Janja no show de Madonna e entregaram 2 bolsonaristas bem raízes kkkkkkk Jorge Seif e Fabio Wajngarten. Um é senador e o outro é o advogado do repugnante kkkkkk QUEM TOPA DIVULGAR A HIPOCRISIA, DÁ RT!“, ironizou outro.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), no Instagram, classificou a apresentação como “satânica” e “pornográfica”:Se espantar porque a Madonna fez um show satânico e pornográfico é o mesmo que dizer que (se) assustou com o calor do fogo“.

Além disso, Alexandre Ramagem (PL-RJ), também deputado federal e opositor do prefeito Eduardo Paes na corrida municipal, questionou o investimento do governo do Rio no evento, que totalizou R$ 10 milhões. “Qual a construção ou desenvolvimento intelectual, moral ou familiar desse show?“, perguntou. A prefeitura, por outro lado, projeta um impacto econômico positivo de R$ 293 milhões devido ao evento, sugerindo que o retorno financeiro justifica o investimento.

Jorge Seif fala sobre o Rio Grande do Sul

Ele também destacou seus esforços em resposta às recentes enchentes no Rio Grande do Sul, mencionando iniciativas para arrecadar doações e apoiar a liberação de recursos para as vítimas. Seif relatou que, como parlamentar e cidadão, entrou em contato com o governador Eduardo Leite para expressar sua solidariedade e disponibilidade para ajudar conforme necessário. “Ele me mandou o pix. Postei nas minhas redes sociais pedindo pix, fiz o meu pix“, contou.

O senador finalizou mencionando que assinou uma proposta no Senado para acelerar a liberação de recursos de emendas tanto para parlamentares quanto para o governo do Rio Grande do Sul, com o objetivo de auxiliar as pessoas que estão em necessidade atualmente. “Estou ajudando lá na compra de 15 botes infláveis para a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Então, eu não sei se alguém fez mais do que eu, mas eu tenho me mexido estando em Brasília, em Santa Catarina ou no Rio de Janeiro“, diz.

Polícia Militar apreende drogas em galpão em SC

Após uma operação policial em Santa Catarina resultar na apreensão de 47 quilos de haxixe em um galpão, o senador Jorge Seif (PL-SC) foi alvo de críticas nas redes sociais. Portais de notícias divulgaram que a droga foi encontrada na JS Pescados, empresa ligada à família de Seif. No entanto, o senador esclareceu que a operação ocorreu em um local diferente, que faz parte de um complexo de empresas diversas, mas não está diretamente associado à sua empresa familiar.

Seif explicou que o complexo onde a droga foi encontrada abriga várias empresas com diferentes CNPJs, incluindo uma fábrica de gelo, uma oficina mecânica, um posto náutico e um galpão de conserto de redes: “Existe um complexo de empresas, com vários CNPJs, na Barra do Rio. Uma [única] sala é nossa [da empresa da família]“. Ele destacou que, embora os barcos de sua empresa parem ali para descarregar peixe, a sala em questão era de outro inquilino, que não tem relação com a JS Pescados.




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