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A jogadora profissional de vôlei Tiffany Abreu fechou contrato com a marca Adidas para uma nova companha. Além dela, a campanha explora pessoas que se destacam ao redor do mundo, como a Beyoncé.

“Eu quase não durmo de pensar que, além de estar junto com a Beyoncé, eu sou a única brasileira nessa campanha, que se mostra muito corajosa por dar visibilidade a uma mulher trans”, diz Tiffany em entrevista à Exame, “Eu espero que outras empresas tão grandes quanto a Adidas vejam essa campanha, se sintam tocadas e convidem outras trans para viver esse direito de representar uma marca, de trabalhar com pessoas cis em prol de algo maior.”

Tiffany entrou no time Bauru em 2017, sendo a primeira mulher trans que entrava em quadra para jogar por um time feminino. Ela explica que o pioneirismo rendeu muitas críticas, inclusive das colegas de equipe.

Tiffany Abreu estrela campanha da Adidas: "Nada é impossível"
Reprodução

“Eu fui a primeira, e a primeira vai ser sempre massacrada, mal falada e mal vista. Mas as coisas vão mudando, porque as pessoas vão se acostumando. Quando eu relembro tudo o que eu passei eu choro muito, mas hoje eu sou muito acolhida não só pela minha equipe, mas por dirigentes de outras equipes. Hoje vemos muito menos ataques do que antigamente, e ver essa evolução me dá muito orgulho” – disse ao canal.

Antes da transição, ela já era jogadora de vôlei e tinha jogado em times masculinos na Europa e na Superliga masculina de vôlei. Aos 2012, aos 28 anos, ela passou por uma depressão profunda e entendeu que precisava iniciar o processo de transição de gênero, mesmo que isso significasse o fim de sua carreira.

Três anos mais tarde, o Comitê Olímpico Internacional autorizou a participação de transexuais no esporte, desde que seguissem determinados critérios hormonais que equivalessem às mulheres cis. Foi nesse contexto que ela foi chamada.

“Quando me chamaram para participar do vôlei feminino eu dei risada, porque achei que eu jamais poderia, por ser ‘mais forte’. Como todo leigo, eu não imaginei o que os hormônios fariam como o meu corpo, e não sabia das regras do esporte. Fui descobrindo isso”, conta Abreu. “As pessoas pensam que eu vou ter vantagem, mas sou igual qualquer outra jogadora. Se eu tiver talento, vou ser boa.”




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Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro, dedicou sua vida a falar sobre cultura nerd/geek. Gay desde que se entende por gente, sempre teve desejo de trabalhar com o público LGBT+ e crê que a informação é a a melhor arma contra qualquer tipo de "fobia"