Vereadora de São Paulo, Erika Hilton confirmou sua candidatura à deputada federal nas eleições de 2022. O ato ocorreu no último domingo (31), no Teatro Oficina Uzyna Uzona, durante a convenção do PSOL.
“Entro na missão de aumentar e formar uma bancada federal diversa e de esquerda pra derrotar o Bolsonarismo nas urnas e nas ruas, junto de Lula, levar pra Brasília um projeto coletivo de refundação do Brasil”, escreveu Erika em uma publicação no Instagram.
“Este ano tem um desafio enorme para nós, e não sou eu sozinha que vou refundar o Brasil. E sim as mulheres, os negros, as LGBTs que vão fundar um novo país depois de anos de perdas e atrasos! O desafio é gigante, mas nós juntas somos muito maiores pra enfrentá-los!”, acrescentou Erika.
A candidata a deputada federal também agradeceu a sua família, amigos, apoiadores e a participação das candidaturas estaduais de Eduardo Suplicy, Débora Camilo, Neon Cunha, Guilherme Cortez, Chirley Pankará, Mariana Felix, Ana Mielke, Carolina Iara e a candidatura coletiva Povo da Cultura.
Campeã de votos nas eleições 2020, Erika é a primeira vereadora negra e transvestigênere a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo. Ela também é Presidenta da Comissão de Direitos Humanos de São Paulo e está entre as 100 pessoas negra smais influentes do mundo.
No ano passado, Erika Hilton venceu o troféu Poc Awards 2021 na categoria “Militante do Ano“, com 31% dos votos do público. Em 2020, a vereadora de São Paulo também ganhou a premiação na mesma categoria, com o voto do júri.
Em fevereiro deste ano, Erika falou, durante entrevista ao GAY BLOG BR, sobre suas expectativas para as eleições deste ano. “Eu torço muito e espero que o que ocorreu em 2020, possa ter sido a abertura de uma fenda irreversível. Que a cada eleição haja mais travestis, homens trans, mulheres transexuais, a nossa população transvistigênere, entre outros grupos sociais precarizados, vulneráveis ocupando e chegando a este espaço“, pontuou ela.
“Eu preciso dizer que nós teremos um processo eleitoral muito difícil, muito duro, muito violento e é preciso cuidar, acolher e estar do lado dessas candidaturas dissidentes, digamos assim, porque será difícil pros grandões, quem dirá pra quem está disputando esse lugar agora, diante de tanto ódio“, acrescentou Erika.
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