O Coletivo AMEM, conhecido pela fomentação artística da comunidade preta LGBTQIA+, fará sua estreia na Bienal de São Paulo, nos dias 16 e 17 de setembro, com a “Ball do Tempo”, onde mergulhará nas diversas formas artísticas da cultura ballroom.
As performatividades que serão apresentadas incluem voguing, runway, drag e fashion killa, todas unidas pelo tema “Tempo”, inspirado pela poeta, ensaísta, dramaturga e professora Leda Maria Martins.
A “Ball” apresentará 12 categorias temáticas nas quais diferentes “houses” celebrarão “danças enérgicas, expressões musicais, oralidades e outras manifestações artísticas diversas”. Acompanhadas por DJs, comentaristas e um júri composto por líderes da comunidade Ballroom Brasil, as exibições oferecerão uma visão da vitalidade da cena ballroom, que originária de Nova York, nos anos 1970. “Casas” como House of Ninja, House of Zion e House of Revlon serão representadas por integrantes do Brasil.
“Coreografias do Impossível”
A imersão na cultura e história queer é um importante fio condutor da 35ª edição da Bienal de São Paulo, que além do Coletivo AMEM, traz obras como a “Sauna Lésbica”, de Malu Avelar, fotografias de Rosa Gauditano, pinturas de Citra Sasmita, desenhos de Tadáskía e outros nomes que, em sua junção, formam um marco de diversidade na trajetória da Bienal.
“Intitulada ‘Coreografias do Impossível’ e trazendo práticas artísticas de diferentes partes do mundo, essa edição da Bienal deseja construir espaços e tempos de percepção que desafiam a rigidez da linearidade do tempo ocidental. O que vemos nesse horizonte coreográfico são estratégias e políticas do movimento que essas práticas vêm criando para imaginar mundos que confrontam as ideias de liberdade, justiça e igualdade como realizações impossíveis”, afirmam Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, que formam o coletivo curatorial da mostra. A programação da Bienal também inclui oficinas e painéis que exploram os elementos, a história e a estética da cultura ballroom no Brasil.
16 e 17 de setembro
No dia 16 de setembro, o Coletivo AMEM oferecerá duas oficinas no pavilhão da Bienal: uma sobre o Sistema de Ensino Ballroom com Félix Pimenta às 14h, e outra sobre os Elementos do Vogue com Zaila às 16h. No dia 17, às 13h, a “Ball do Tempo” oferece uma plataforma para expressão, diálogo e celebração, enquanto honra as complexas camadas da cultura ballroom e sua interseção com questões de identidade, história e inovação.
O Coletivo AMEM é reconhecido, desde 2016, por fomentar a vida noturna, a cultura ballroom e o hip pop queer, criando espaços de expressão artística, acolhimento e transmissão de conhecimento. Além disso, o coletivo promove debates essenciais sobre raça, classe, gênero, sexualidade, saúde da população preta e HIV. Desde 2016, o Coletivo AMEM realiza eventos como “Ball Vera Verão”, “Pajuball” e “Ball Afrodiaspórica”, além de organizar o “Festival Parada Preta” e outros projetos que utilizam a arte como uma poderosa estratégia contra o racismo, o cissexismo, a LGBTfobia e outras formas de violência estrutural.
SERVIÇO
“Ball do Tempo” na 35ª Bienal de São Paulo
Sábado, 16 de setembro de 2023
14h – Oficina Sistema de Ensino Ballroom com Félix Pimenta
16h – Oficina Elementos do Vogue com Zaila
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera, portão 3 – Auditório, andar azul
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, São Paulo, SP
Admissão gratuita
Domingo, 17 de setembro de 2023
13h – Ball do Tempo com Coletivo AMEM
Parque Ibirapuera, portão 3 – piso verde (térreo)
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, São Paulo, SP
Admissão gratuita
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