O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo emitiram nesta sexta-feira, 22, uma notificação para que a rede de supermercados Hirota suspenda a distribuição de uma cartilha considerada discriminatória. O texto, que começou a ser distribuído aos clientes no início de dezembro, chamava a união homoafetiva de “distorção” e defendia a submissão da mulher ao marido.

Os órgãos exigem que as cartilhas já distribuídas sejam retiradas de circulação e que a empresa “se abstenha de produzir materiais com conteúdo discriminatório ou que os divulgue nas lojas de sua rede e em sua homepage, pela internet ou redes sociais.”
A notificação ainda pede que seja assegurados a igualdade entre mulheres e homens no ambiente de trabalho e o respeito à liberdade de religião, credo, de gênero e orientação sexual. Os órgãos afirmam que a cartilha submete a constrangimento trabalhadores da rede de supermercados, que são “obrigados a distribuir o material de conteúdo discriminatório.”
Caso as recomendações não sejam cumpridas, os órgãos informam que adotarão medidas judiciais.
As cartilhas causaram polêmica nas redes sociais e viraram alvo de críticas. O material dizia que o casamento homoafetivo está “na contramão do propósito divino”. “A relação conjugal entre homem e homem e mulher e mulher é antinatural, é um erro, uma paixão infame, uma distorção da criação”, dizia o texto.
Além disso, o panfleto defendia o casamento monogâmico e que ninguém deve praticar sexo antes da oficialização da união perante a Igreja. A publicação ainda tinha uma página intitulada “Esposa seja submissa ao seu marido”.
Procurada nesta sexta-feira, 22, a rede Hirota Food Supermercados disse que não foi informada da notificação e que as cartilhas não estão mais em circulação. Segundo o supermercado, o material foi distribuído na primeira quinzena deste mês. A empresa pediu desculpas e lamentou os transtornos causados pela cartilha.


“O Hirota Food Supermercados lamenta qualquer transtorno que tenha causado pela distribuição da cartilha da família. Reiteramos que em momento algum tivemos a intenção de polemizar, ofender ou discriminar qualquer forma de amor. Em nossos valores não há nenhum tipo de preconceito em relação a gênero, religião ou raça. Atendemos todas as famílias da mesma forma, com a mesma humildade e carinho. Nossas sinceras desculpas a todos”, disse a empresa.
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Com informações do Estado de SP.
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