Em 2009, o programa “Profissão Repórter”, da TV Globo, fez uma matéria sobre o concurso “Garota da Laje”, que acontecia no Centro do Rio de Janeiro, cujo prêmio era um carro usado. A candidata Cariúcha tinha certeza que iria ganhar o concurso e até chegou a fazer planos de como seria a sua carreira após vencer o título.
Sua indignação ao perder o concurso se tornou viral, fazendo sua popularidade ir muito além do que o primeiro lugar da competição poderia proporcionar.
“Eu fico revoltada, essa mulher feita ganhando… Eu sou muito melhor! Eu sou bonita, não tenho estria, não tenho uma cirurgia plástica. Sou toda natural, eu sou bonita pra caramba… Eu achei que eu iria ganhar. Mas também deixa [o prêmio, o carro usado] de esmola para ela”. E continuou: “É tudo marmelada, é tudo cotada já, escolhidinha. Mas que faça bom aproveito [sic] com esse carro usado, o meu é zero hahaha”, disse.
Ao GAY BLOG BR, Cariúcha falou sobre seus projetos, envolvimento com a comunidade LGBT e criticou a atuação de Bolsonaro.
Você é natural de Nova Iguaçu e filha de pastores, você teve uma infância difícil?
Sim, vim de uma família muito humilde e passei necessidades também. Fui expulsa de casa aos 15 anos e tive que morar de favor na casa dos outros.
Você se tornou um meme nacional quando participou do concurso Garota da Laje, como a sua vida mudou após o meme?
Minha vida mudou porque fiquei conhecida e comecei a gravar programas de TV. Virei repórter e apresentadora do Pânico na Band. Deu para ganhar um pouco de dinheiro e, desde então, comecei a aprender.

Você está sempre animada, alegre e bem-humorada, tanto que dizem que você é uma “mulher viada”. Seus amigos são todos gays?
Sou uma mulher viada sim (risos) e não tenho amizades com héteros. Meus amigos são todos gays e lésbicas.
Você já namorou homens gays?
Namorei e cheguei a morar com um. Quase casei (risos). Foi ótimo, aprendi muita coisa com ele. Fui a primeira e única mulher da vida dele. Nós éramos amigos e nos apaixonamos e posso dizer que, até hoje, sou apaixonada por ele.
Como foi a experiência de trabalhar no Pânico na TV?
Foi ótimo, pude mostrar para o Brasil a minha alegria, talento, e sempre exaltei meus filhos LGBTQIA+. Fui a primeira mulher negra a trabalhar lá. Quebrei muitas barreiras.

Atualmente você também é empresária do ramo de estética, fale um pouco sobre o lado empresarial da Cariúcha?
Sim, tenho a minha linha de perucas e apliques, minha marca se chama Bonita pra Caramba Perucas.
Quais são os seus projetos pós-pandemia?
Meus projetos são lançar muitos clipes musicais e voltar para a TV.

Qual a sua opinião a respeito do governo Bolsonaro?
Que governo?! Não sabia que tínhamos um governo. Quem tá lá precisa sair urgente, um governo que odeia meu povo: preto e gays, que querem exterminar a nossa existência, é um crime nojento. Me dá tristeza e revolta isso.

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