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A funkeira Valesca Popozuda (45) já provou que é mestre na arte da sensualidade, de poder feminino e agora quer saber de nostalgia. Na metade de outubro, a cantora lançou o single “Eu Vou Pro Baile Tacar”, numa iniciativa de recuperar as batidas do funk carioca “raiz” dos bailes pancadões dos anos 2000.

Segundo Valesca, em entrevista ao GAY BLOG BR, a faixa conta com o parceiro ideal: Dennis DJ, que também vem apostando nas memórias afetivas. ”A gente tinha essa vontade na letra de brincar muito com referências do passado, então, ‘Eu vou pro baile tacar’ lembra imediatamente ‘Agora Eu Sou Solteira’, onde eu já começo ‘eu vou pro baile procurar o meu negão’. Então ficou bem divertido”, avalia a cantora, citando trechos de clássicos do funk que integram o lançamento recente.

Valesca Popozuda - Foto: @fbvasconcellos
Valesca Popozuda – Foto: @fbvasconcellos

Mesmo que a nostalgia possa trazer um sucesso imediato à sua obra, Valesca garante que o público gay jamais é esquecido. A seguir, ela fala mais sobre a relação e o que espera das políticas públicas voltada aos LGBTQIA+:

Os gays seguem como seu público fiel? Como avalia seu público e quantidade de fãs hoje? Quem predomina?

- BKDR -
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Na época da Gaiola [das Popozudas], eu tinha muitos homens héteros como público. Tinha essa coisa de ser símbolo sexual, né? E isso me incomodava. Eu queria trazer as mulheres para perto de mim. Queria que elas estivessem na frente do palco e eu conquistei isso na minha carreira solo. “Beijinho No Ombro” foi um ponto de virada que trouxe toda família. Da criança ao idoso, a galera toda estava curtindo Valesca Popozuda. Mas o público gay sempre existiu, desde o início e ficaram até hoje.

Sua música segue preocupada em atingir e proteger o público LGBT+?

Várias das minhas músicas têm referência e fazem homenagem ao público LGBT. É uma comunidade muito linda, bela, que merece dignidade, respeito, direitos, visibilidade, trabalho, apoio… Eu sempre vou estar ali por eles da mesma forma que eles estão sempre por mim.

Valesca Popozuda - Foto: @fbvasconcellos
Valesca Popozuda – Foto: @fbvasconcellos

Como vê a questão de políticas públicas para o público LGBT+?

Acho que estamos avançando. Eu lembro de como era quando eu comecei a cantar, então digo com propriedade que avançamos muito nesses anos. A mudança de governo, sinto também, que é um bom sinal para nós, como sociedade, conquistarmos mais direitos para os grupos minoritários. E mesmo com todos os horrores que estão acontecendo em Brasília, sinto muito bem representada com nomes como a Erika Hilton lutando pela causa.

Como você se vê com a questão da representatividade? Se sente uma representante LGBT+? O Brasil está evoluindo nessa questão?

Eu sempre serei grata ao público LGBTQIAP+ pelo acolhimento e sempre serei uma aliada a defender as causas e lutas, o B que faço parte não é de biscoito. Como eu disse, o Brasil está avançando, mas ainda temos um caminho longo pela frente.

Assista ao clipe de “Eu Vou Pro Baile Tacar”:




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